O preço médio do litro de leite longa vida subiu mais de 100% entre janeiro e julho deste ano, em Palmas, Sul do Paraná.
Foto ilustrativa (Crédito; Procon/Ponta Grossa)

 

No último mês, o preço médio foi de R$ 9,12, mas já é possível encontrar o “leite de caixinha” a mais de R$ 10,00 em alguns supermercados.

Levantamento mensal realizado pelo Departamento de Jornalismo da Rádio Club FM apurou que em janeiro, o preço médio do litro de leite era de R$ 4,43. O produto sofreu aumento de preço sucessivos, chegando a R$ 9,12 em julho – o que representou uma elevação de quase 42% em comparação a junho, quando o preço médio ficou em R$ 6,44.

[Grupo RBJ de Comunicação] Preço do leite subiu mais de 100% em Palmas neste ano

Na última semana, o Departamento de Jornalismo da Rádio Club conversou com um representante de algumas marcas de laticínios. Segundo Tancredo de Jesus, as empresas têm repassado todas as semanas novos valores, que precisam ser aplicados aos estabelecimentos. Ele pontuou que para esta semana, o litro do leite pode chegar a R$ 12,00 nos supermercados. Ouça no player abaixo:

A situação dos produtores de leite foi tema de reportagem da Rádio Club no final do mês de maio. Conforme o presidente da Associação Palmense dos Produtores de Leite, Leandro Mantovani, apesar dos aumentos sucessivos para o consumidor, os produtores de leite estão recebendo valores defasados. Ele explicou que durante 2021, o produtor sofreu com a defasagem de preços, que apresentaram recuperação no inicio deste ano, mas ainda assim, a categoria trabalha com preços de 2020.

Em maio, o preço pago aos produtores da região ficou entre R$ 2,40 e R$ 2,50 por litro. O custo de produção, segundo Montovani, varia de acordo com a realidade de cada propriedade. Os produtores que trabalham com confinamento têm um custo maior. Já os que fazem a utilização de pastagem, conseguem reduzir custos, dependendo da época do ano.

Citando seu próprio exemplo, o presidente Palmas Leite pontua que com as pastagens de inverno vai conseguir baixar um pouco do seu custo de produção, mas ainda sem obter uma remuneração expressiva.

Apesar dos aumentos sucessivos nos insumos, os produtores seguem recebendo valores defasados e encontram dificuldades para melhorarem as negociações com os laticínios, situação que tem levado produtores a buscarem outras atividades.

Outro problema enfrentado é a dificuldade para encontrar mão de obra. Montovani pontua que no caso dos produtores familiares, ainda é possível dar continuidade ao trabalho, mas aqueles que precisam de mais trabalhadores não tem conseguido encontrar profissionais, dadas as condições que a atividade exige.

 

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