Referência internacional no cuidado com a saúde animal, Santa Catarina intensifica os esforços para erradicar a brucelose e a tuberculose bovina.

Referência internacional no cuidado com a saúde animal, Santa Catarina intensifica os esforços para erradicar a brucelose e a tuberculose bovina. Em 2020, o Fundo Estadual de Sanidade Animal (Fundesa) investiu R$ 11,7 milhões na indenização de produtores rurais pelo abate sanitário de animais doentes – maior soma desde a sua criação em 2004 – possibilitando a continuidade da produção de carne e de leite, além de preservar a saúde pública.

Santa Catarina é um dos únicos estados do país que indeniza integralmente os criadores pelo abate sanitário de animais doentes e o Fundesa é uma importante ferramenta. “Batemos recorde nos investimentos em 2020 e este ano o Fundesa contará com aproximadamente R$ 14 milhões em recursos para indenização de produtores rurais e combate a doenças em nossos rebanhos. A sanidade animal é um dos maiores patrimônios do agronegócio catarinense e nós não podemos, de forma alguma, descuidar nesse sentido”, destaca o secretário de Estado da Agricultura, da Pesca e do Desenvolvimento Rural, Altair Silva.

A Secretaria de Estado da Agricultura, da Pesca e do Desenvolvimento Rural também reduziu o tempo de espera para indenizações e os produtores, que antes esperavam até 150 dias para receber o pagamento, agora aguardam em torno de 60 dias.

“A agilidade é um ponto muito importante. Os produtores chegaram a esperar até seis meses para receber as indenizações e, graças a um trabalho de gestão e o reforço financeiro do Governo do Estado, nós conseguimos agilizar o pagamento em tempo recorde. Nós queremos intensificar as ações para que o Fundesa seja cada vez mais rápido no pagamento de indenizações, dando segurança aos produtores rurais e a certeza na rigidez dos controles sanitários de Santa Catarina”, ressalta o secretário.

Em 2020, foram mais de 700 famílias rurais beneficiadas pelo Fundesa em todo o estado. Além dos produtores de bovinos, o Fundo também indeniza os proprietários de equinos e de aves.

Menor prevalência de brucelose animal do Brasil

Em outubro de 2020, Santa Catarina conquistou mais um título: o estado tem a menor prevalência de brucelose animal do Brasil. O reconhecimento do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) demonstra a excelência da bovinocultura catarinense e a qualidade da sua produção agropecuária.

De acordo com o Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e da Tuberculose Animal, do Ministério da Agricultura, os estados podem ser classificados de A até E de acordo com a prevalência das doenças. Santa Catarina é o único estado brasileiro com classificação A para brucelose e, junto com outros quatro estados, também obteve nota máxima para tuberculose.

Mais saúde para quem consome e para quem produz

Brucelose e tuberculose são zoonoses e podem ser transmitidas para os seres humanos. Por isso as ações para erradicação das doenças têm um grande impacto na vida de quem produz e de quem consome.

As zoonoses acometem menos de 2% do rebanho bovino catarinense. Esse é o resultado de um grande esforço do Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Agricultura, da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) e do setor produtivo para erradicar as doenças.

Santa Catarina contabiliza mais de mil propriedades rurais certificadas como livres dessas doenças. O reconhecimento acontece após realização de testes em todos os animais, com intervalos de 6 a 12 meses, e sem nenhum caso positivo. As propriedades também seguem normas diferenciadas no trânsito de animais. Por conta da segurança sanitária, a certificação eleva o status da propriedade, oferecendo vantagem econômica ao produtor.

Vigilância constante

Em 2020, o Governo do Estado ampliou os investimentos na vigilância para localização de focos das doenças, realizações de diagnósticos definitivos e abates sanitários dos animais contaminados. Todos os anos são realizados aproximadamente 500 mil exames para analisar a presença de brucelose e tuberculose no rebanho catarinense.

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