Santa Catarina teve um crescimento de 6,6% na produção de leite no primeiro semestre deste ano, com 1,27 bilhão de litros, contra 1,19 bilhão de litros do primeiro semestre do ano passado

Santa Catarina teve um crescimento de 6,6% na produção de leite no primeiro semestre deste ano, com 1,27 bilhão de litros, contra 1,19 bilhão de litros do primeiro semestre do ano passado, de acordo com dados do IBGE. O crescimento foi maior do que a média nacional, que foi de 4,96%, passando de 11,49 bilhões de litros para 12,04 bilhões de litros. Com isso o estado, que é quarto maior produtor do país, chega a 10% da produção nacional.

Outra boa notícia para o setor foi o anúncio da reabertura do mercado egípcio para lácteos, depois de uma suspensão de quatro anos. Para o presidente do Conseleite, conselho paritário de produtores e indústrias, José Araújo, o anúncio é positivo e vem num momento em que os produtores enfrentam problemas com a queda do preço do leite ao produtor em julho, além de perdas com a estiagem.

— É uma notícia que traz um alento. A gente espera que isso ocorra com rapidez pois abrir o mercado externo é uma necessidade urgente para não nos afogarmos com leite, pois a produção está aumentando e o consumo não. Também esperamos uma recuperação dos preços na próxima reunião do Conseleite, prevista para o dia 25 – disse o produtor, que teve uma quebra de 500 litros por dia devido á estiagem, o que representa cerca de 25% da produção.

O analista do Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola (Cepa) da Epagri Tabajara Marcondes, disse que a abertura do mercado egípcio é uma medida positiva a médio e longo prazo, mas que no momento o que mais influencia nos preços é a sazonalidade entre oferta e demanda no mercado interno.

– Quando recua a oferta o preço sobe e quando sobe a oferta o preço cai. E os números do IBGE mostram que, apesar de positivo, esse crescimento nacional é apenas 0,5% maior do que a produção de 2014, que foi de 11,98 bilhões de litros no primeiro semestre. Depois disso tivemos uma queda no consumo, influenciada pela questão do desemprego, que influenciou na produção- disse Marcondes.

Ele lembrou que o crescimento de 2019 em relação ao primeiro semestre do ano passado também tem que levar em conta os problemas da greve dos caminhoneiros, pois parte da produção foi descartada. Mesmo assim houve um crescimento, que deve ficar positivo no segundo semestre, mas não deve se manter nos mesmos patamares no segundo semestre.

Marcondes também falou que Santa Catarina tem qualidade para exportar, mas o mercado lácteo tem preços distorcidos por subsídios da Europa e dos Estados Unidos. Ele afirmou que o Brasil teria que focar em mercados como da China e Rússia.

Recentemente a China habilitou 24 laticínios do Brasil, sendo dois de Santa Catarina, um deles de Braço do Norte e outro de São João do Oeste.

Produtores de leite preveem aumento de 6% neste ano.

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