A tecnologia blockchain vem se tornando um aliado estratégico no desenvolvimento do semiárido nordestino, especialmente por meio de iniciativas como o SertãoBlock. Esse sistema de rastreabilidade com tecnologia blockchain atua diretamente na escrituração zootécnica de pequenos ruminantes, trazendo uma nova era de controle e eficiência para os produtores locais.
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Com a microchipagem de baixo custo, o SertãoBlock garante a rastreabilidade completa dos animais, permitindo uma gestão mais transparente e precisa nas cadeias produtivas do leite, mel, cordeiro e fruticultura.
Outra iniciativa que vem ajudando a transformar a região é o Leite do Futuro, que consiste numa rede de monitoramento da qualidade do leite e rastreabilidade de vacas A2A2 por meio de blockchain.
João Paulo Arcelino, diretor-geral do Instituto Federal do Ceará (IFCE) – campus Boa Viagem, destacou o impacto das Rotas de Integração Nacional nas cadeias produtivas da região. Segundo ele, essas rotas constituem um divisor de águas para quem está inserido no semiárido, especialmente ao integrar a produção com inovações tecnológicas como o blockchain.
“As rotas oferecem um novo horizonte, permitindo que quem produz mel, leite, carneiro e frutas se beneficie das tecnologias de inovação e comunicação. Isso possibilita uma produção mais sustentável, tanto do ponto de vista ambiental quanto econômico”, afirmou Arcelino.
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Essas iniciativas fazem parte do trabalho do Centro de Inovação e Difusão de Tecnologias para o Semiárido (CIDTS), que desenvolve soluções tecnológicas voltadas para as necessidades específicas da região.
Rotas de Integração Nacional
As Rotas de Integração Nacional se espalham por 11 diferentes cadeias produtivas no Nordeste, todas com o objetivo de promover a inclusão social e territorial. Entre elas, destacam-se a Rota do Cordeiro e a Rota da Biodiversidade, que refletem o grande potencial local e a riqueza da região.
Segundo Adriana Melo, secretária Nacional de Políticas de Desenvolvimento Regional e Territorial (SDR), essas rotas promovem o crescimento econômico, geram empregos e incentivam a inovação nas áreas mais produtivas do Nordeste.
“O projeto gera oportunidades de emprego e renda, inclusão social e, também, promove a integração territorial”, explica.
Tiago Araújo, coordenador-geral de Sistemas Produtivos Inovadores (CGPI) do MIDR, também aponta que o Nordeste é um celeiro de inovações tecnológicas.
“Trabalhar com essas cadeias produtivas vocacionais, respeitando os territórios e as características locais e das pessoas, além de levar inovação e sustentabilidade, é a bandeira do programa”, afirma.