O setor brasileiro de lácteos está estudando como se adequar a novas exigências da Arábia Saudita para receber o produto. “Houve uma revisão do modelo saudita.

Exigências incluem análises de resíduos diferentes daquelas previstas na legislação brasileira. A Associação Brasileira de Laticínios (Viva Lácteos) estuda, junto ao Mapa, como auxiliar setor a manter exportações ao país árabe.

O setor brasileiro de lácteos está estudando como se adequar a novas exigências da Arábia Saudita para receber o produto. “Houve uma revisão do modelo saudita. Do meio do ano passado para frente, começaram novas exigências. Vamos tentar continuar com este mercado aberto”, explicou Gustavo Beduschi, assessor técnico da Associação Brasileira de Laticínios (Viva Lácteos). A Saudi Food and Drug Authority divulgou em abril documentos que abrem discussões sobre novas normas em produtos como cream cheesse, e para lácteos em geral.

Até 2017, o Brasil embarcou 4,3 mil toneladas à Arábia Saudita, gerando US$ 9,6 milhões de receita. Nos anos seguintes, porém, o assessor explica que os envios brasileiros caíram. Agora, a associação busca traçar um panorama e definir quais os passos para seguir exportando aos sauditas. “Estamos fazendo todo o trabalho, e isso tem um custo para o setor. Vamos avaliar. Eles [sauditas] já fizeram isso [novas exigências] com o setor de carnes”, afirmou ele.

Para o setor de lácteos, no entanto, Beduschi explica que as necessidades são diferentes e não costuma haver, por exemplo, missões dos árabes às indústrias estrangeiras. As novas regras sauditas para os lácteos incluem análises de resíduos que não são previstas na legislação brasileira. “Todo país tem essa prerrogativa para que o produto entre nele, e queremos atender. Então estamos avaliando como cumprir isso junto com o Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento), não é iniciativa isolada do setor privado. É um mercado interessante, um hub dentro do mundo árabe, e obviamente olhamos para esse mercado”, enfatizou.

Beduschi explica que não foi dado prazo para que as empresas se adequem as normas. “Mesmo assim, estamos trabalhando com isso para resolver o quanto antes. A Arábia Saudita é muito referencial. Se [o produto] está ali, que é o maior país na Península Arábica, você está bem posicionado. É importante fazer isso. De lá, tem distribuição, mas temos exportações também para Emirados, Bahrein, Catar, Omã, entre outros”, apontou o assessor técnico.

Para os Emirados Árabes Unidos, outra plataforma de distribuição dos produtos no Oriente Médio, os embarques de lácteos foram 1,3 mil toneladas, em 2017. “Nos dados que coletamos, tem essas movimentações internas no mundo árabe também. Dessa vez, é uma exigência que veio da Arábia saudita, com base no órgão dos países do GCC (Gulf Cooperation Council). O que estamos entendendo é que uma hora ou outra os outros países podem colocar também essas exigências que estão sendo discutidas”, disse Beduschi.

Bryce Cunningham, um produtor de leite escocês, proprietário de uma fazenda orgânica em Ayrshire (Escócia), lançou um produto lácteo para agregar valor ao leite de sua fazenda, que é um produto de ótima qualidade, sem aditivos, e é um exemplo de economia circular.

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