Atividade no Estado sofreu queda brutal e perdeu mais de 33 mil produtores em quatro anos

 

Novas regras e novos mercados inseridos no horizonte em 2019 afetarão fortemente o setor lácteo em 2020, criando boas perspectivas para o próximo ano. A mudança mais diretamente ligada à base da produção de leite no Estado foi a entrada em vigor de duas novas normas técnicas para produção e industrialização. As Instruções Normativas nº 76 e nº 77, em nível federal, passaram a exigir mais controle e melhor qualidade do leite entregue à indústria.
“A partir de novembro, quando se passou definitivamente a rejeitar quem estava fora dos padrões, vimos que 12% dos produtores ainda precisavam de adequação. Quem ainda precisava de ajustes melhorou, e o índice caiu 10%. Em produto, não chega a 7%, porque a maior parte era de pequenos produtores”, explica o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra.
A atividade leiteira no Estado sofreu uma queda brutal. Segundo relatório divulgado pela Emater, o Rio Grande do Sul perdeu 33.335 produtores de leite em quatro anos. Em 2015, eram 84.199 produtores de leite. Em 2019, esse número caiu para 50.664, uma redução de 39,82% no período. Parte dessa redução foi por falta de sucessores para um trabalho pesado, além da influência dos baixos valores pagos nos últimos anos. Agora, diz Guerra, as maiores exigências que passaram a fazer parte do setor também acabaram acelerando um pouco a saída de quem não estava bem preparado para um novo cenário. “Produtores que já tinha intenção de parar acabam decidindo sair neste momento”, resume.
Ainda muito dependente do consumo interno, a produção de lácteos, porém, tem nas novas normativas uma aliada para ampliar as exportações. Guerra ressalta que China e Egito são dois mercados que se abriram recentemente ao produtor brasileiro. “Com novas normativas, temos mais condições de competir lá fora. Em 2020, teremos mais empresas tentando entrar nesses mercados internacionais”, assegura o presidente do Sindilat.
Para apoiar os estreantes no comércio exterior, o Sindilat já está se aproximando da Agência de Promoção de Exportações do Brasil (Apex Brasil) para começar a preparar melhor as indústrias que ainda não têm experiência de vendas para o exterior.

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