Além disso, o consumo deste tipo de produto não se restringe mais aos grandes centros urbanos, a alimentação orgânica está presente também do interior do país.
O movimento do mercado aponta que o aquecimento da demanda por orgânicos não é passageiro. As tendências e preferências por parte dos consumidores por produtos saudáveis e sustentáveis aumentaram com a pandemia e vieram para ficar.
No setor de lácteos essa vertente se materializa na produção de leite orgânico e derivados. Ele é produzido sem o uso de produtos químicos como fertilizantes, agrotóxicos e medicamentos por fazendas certificadas. Em termos de composição, apresenta a mesma composição em relação ao convencional, porém se diferencia nas questões de bem-estar animal e sustentabilidade.
Outra demanda dos consumidores também atendida é a rastreabilidade. A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) em parceria com aa Associação Brasileira de Produtores de Leite (Abraleite) desenvolveu em 2020 um sistema de inteligência para a rastreabilidade do leite orgânico no no país. Através dele é possível traçar um panorama da produção de leite orgânico no Brasil e monitorar toda a cadeia produtiva.
No Brasil, a produção e consumo deste tipo de leite vem crescendo. De acordo com o Cadastro Nacional de Produtores Orgânicos (CNPO) no mês de abril de 2020 foram identificas 96 propriedades de produção orgânica de leite certificadas e distribuídas em todo país.
Segundo relatório anual da Global Organic Dairy Market de 2019, o mercado global de produtos orgânicos registrou uma alta de 4% em relação à 2017. O setor de lácteos está somente através do segmento de frutas e verduras.