“Os produtores tiveram que encontrar solução no período de adversidade. Surgiram as áreas de plantio de capim irrigado e de sorgo forrageiro em Limoeiro do Norte, Quixeré e em outras áreas de produção. Os criadores compram e fazem os silos em suas propriedades”, explica o presidente do Sindicato Rural de Quixeramobim, Cirilo Vidal.
Em média, o quilo da forragem é vendido por R$ 0,08, o que traz viabilidade econômica. A reserva alimentar para o gado agora é questão estratégica. “No início se usava o silo trincheira (feito de alvenaria, escavado no chão), mas agora a maioria, cerca de 90%, faz o de superfície, coberto com lona”, afirma Antônio Pereira Neto. Milho e sorgo forrageiro são as principais culturas utilizadas no processo de silagem do semiárido cearense, adicionado ao melaço da cana. O valor nutritivo é semelhante ao da forragem verde.
Empresas de laticínios têm incentivado a técnica de silagem de pasto nativo para a pecuária de leite. O esforço é para sensibilizar os criadores a incluírem a prática nas atividades rurais durante o período chuvoso, aproveitando o máximo possível o pasto nativo verde para fazer silagem a baixo custo para o segundo semestre e, assim, manter a produção de leite regular ao longo do ano.