O presidente do Sindilat/RS, Guilherme Portella, reconheceu que a solução para a crise do setor "não virá no curto prazo".
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Cerca de 60% da nossa produção é comercializada para fora do Rio Grande do Sul e perder qualquer das medidas vigentes representaria um declínio irrecuperável.
Guilherme Portella, reconheceu que a solução para a crise do setor “não virá no curto prazo”.

Para ele, é preciso transformar a realidade no campo para melhorar a produtividade média, aumentar a escala das indústrias e preencher a capacidade ociosa das fábricas. “Em 2024, precisamos continuar enxugando despesas, avançar na seleção de rebanhos mais produtivos, sempre atentos à sanidade e bem-estar animal, e também temos que trabalhar pela mensuração de nosso impacto ambiental”, disse em discurso, segundo nota da entidade.

Portella aproveitou a presença do governador do Estado, Eduardo Leite (PSDB), para reforçar a necessidade de apoio. “Qualquer elevação de alíquota modal é um remédio amargo, mas mais amargo seria perder as iniciativas de equiparação de que dispomos. Cerca de 60% da nossa produção é comercializada para fora do Rio Grande do Sul e perder qualquer das medidas vigentes representaria um declínio irrecuperável”, afirmou.

Leite disse que as medidas que busca implementar para ajustes na alíquota de ICMS são uma forma de garantir a sanidade financeira dos cofres estaduais frente às alterações provocadas por mudanças federais através da Lei Complementar 194, de 2022, e da Reforma Tributária, que estabelece a repartição do novo Imposto sobre Bens e Serviços (IBS). “Se a Reforma Tributária permanecer e a nossa receita não reagir no curto prazo, a gente pode selar o destino da nossa arrecadação por 50 anos num patamar baixo do que poderia ser. E aí, estaremos todos, daqui a 30 anos, pensando que se poderia ter mais receita, mas na hora em que a gente poderia ter tomado uma decisão, não quis um sacrifício menor no curto prazo e acabamos lançando um sacrifício muito maior por mais tempo”, afirmou.

 

 

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