Os queijos artesanais da SMG Laticínios, de Presidente Castello Branco (SC), foram destaque no Prêmio Queijos Brasil 2025, realizado em Blumenau.
A indústria enviou três produtos para o concurso e todos foram premiados — um feito inédito que reforça a força e a identidade do queijo colonial produzido no Oeste catarinense.
Com ouro para o Queijo Colonial ao Vinagre da marca Nostro, prata para a Mussarela Castello Branco e bronze para o Queijo Colonial Fresco Nostro, a SMG se posiciona como referência entre as pequenas indústrias de laticínios no cenário nacional.
O Prêmio Queijos Brasil é uma das mais importantes vitrines da produção artesanal do país. Reúne produtores, especialistas e consumidores em torno da qualidade e diversidade dos queijos brasileiros — e a edição de 2025 destacou o protagonismo de marcas com forte vínculo regional.
Identidade regional e trajetória artesanal
A SMG nasceu em 2014, mas a história da empresa remonta a 2007, quando seus sócios ainda eram produtores de leite. Hoje, a indústria conta com duas marcas consolidadas: Nostro, focada em queijos coloniais, e Castello Branco Alimentos, que abrange uma linha de mussarela, nata, doce de leite e outros derivados.
“A gente sempre manteve um pé no campo e outro na agroindústria. Isso nos ajuda a garantir qualidade desde a origem do leite até o produto final”, afirma Saulo Felipe Sandri, sócio e diretor da SMG, em entrevista à Rádio Rural.
O Queijo Colonial ao Vinagre, premiado com ouro, nasceu do desejo de resgatar tradições herdadas dos colonizadores italianos. “Antigamente, os queijos eram guardados nas bagas da uva depois da produção do vinho. Recriamos isso usando vinagre, e o resultado foi um queijo com sabor único e marcante”, explica.

Compromisso com a tradição
A Mussarela Castello Branco, que levou prata, responde por quase metade da produção da empresa. Já o Queijo Colonial Fresco, medalha de bronze, reforça a missão da SMG: manter viva a tradição artesanal, sem abrir mão da segurança alimentar.
“O queijo colonial é o nosso carro-chefe desde o início. É típico do Sul, e poucas famílias ainda produzem em casa. Nosso objetivo é manter essa essência viva”, destaca Sandri.
Premiação abre portas para o setor
Essa foi a primeira vez que a SMG participou do Prêmio Queijos Brasil. O reconhecimento nacional tem impacto direto na visibilidade não só da empresa, mas de toda a cadeia regional.
“Ser avaliados por especialistas do país inteiro e receber esse retorno nos enche de orgulho. Mostra que o que estamos fazendo aqui no Oeste tem valor. E também abre espaço para outras agroindústrias pequenas da região”, afirma.
Presença em todo o estado
Com inspeção estadual e uma rede de 11 representantes comerciais, os produtos da SMG estão presentes em supermercados de todas as regiões de Santa Catarina — do litoral ao extremo oeste, passando pelo Vale do Itajaí, Chapecó, Caçador, Lages e o Norte do estado.
“Estamos crescendo com solidez e presença. Nosso foco é manter a qualidade e seguir ampliando mercado”, afirma o diretor.
Do campo à mesa, com valorização local
Na mensagem final, Sandri enfatiza o papel de cada elo da cadeia produtiva: do produtor ao consumidor.
“A qualidade começa no campo. Os produtores de leite são a base de tudo. E o consumidor, ao escolher um produto regional, ajuda a fortalecer essa cadeia. Santa Catarina tem excelência em laticínios — é importante reconhecer e valorizar isso”, conclui.
A SMG é associada à Associação Catarinense de Agroindústrias e segue comprometida com a valorização do queijo colonial, carregando a identidade do Oeste catarinense para os palcos nacionais da gastronomia artesanal.
*Adaptado para eDairyNews, com informações de Rádio RuralFM