Um novo estudo sugeriu que o sorvete sem adição de açúcar tem um sabor tão bom quanto o sorvete convencional, abrindo caminho para que os fabricantes reformulem seus produtos sem medo da rejeição do consumidor.

Publicado na Frontiers in Nutrition e realizado por um grupo de pesquisa do Kuwait e da Irlanda, o estudo testou como o consumo de sorvete sem adição de açúcar versus sorvete comum afetou os níveis de açúcar no sangue de pacientes com diabetes tipo 2.

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O produto sem adição de açúcar continha adoçantes artificiais e foi desenvolvido usando a Matriz Metabólica, que exige não mais do que 2g de frutose e 4g de glicose por porção em produtos reformulados. Enquanto isso, a opção regular tinha açúcares naturais adicionados.

Em um estudo clínico duplo-cego que incluiu 12 pacientes com diabetes tipo 2, os pesquisadores levantaram a hipótese de que o sorvete sem adição de açúcar teria um impacto mais favorável nos níveis de açúcar no sangue após o consumo.

Essa teoria foi confirmada – os pacientes que tomaram o sorvete sem adição de açúcar relataram níveis mais baixos de glicose e insulina no sangue durante e após o consumo do que o grupo que consumiu o sorvete comum.

Não foi relatada nenhuma diferença perceptível na palatabilidade, o que sugere que é possível formular um sorvete sem adição de açúcar desejável, embora o pequeno número de participantes no estudo seja uma limitação.

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No entanto, a pesquisa endossa uma solução potencialmente escalável que é boa tanto para os resultados finais das marcas de sorvete quanto para a saúde do consumidor.

“Um modelo de negócios que incorpora o impacto social como um aspecto central cria um mecanismo de autorreforço em que o progresso social impulsiona o sucesso do negócio e vice-versa”, discutiram os autores.

“Essa abordagem desafia a visão tradicional de que as metas sociais e econômicas entram em conflito. Em vez disso, ela sugere que as empresas podem encontrar oportunidades para enfrentar os desafios sociais, levando a uma situação de ganho mútuo para a empresa e para as comunidades que atendem.”

Além disso, qualquer empresa de alimentos e bebidas pode usar o modelo Metabolic Matric para desenvolver novos produtos, permitindo que as empresas se concentrem nos impactos metabólicos em vez de apenas nos fatos nutricionais.

“Em conclusão, o sorvete sem adição de açúcar resultou em curvas de glicose pós-prandial mais baixas. A palatabilidade do produto faz dele um candidato à Criação de Valor Compartilhado, pois pode ajudar a resolver problemas sociais críticos, como diabetes tipo 2 e obesidade, criando soluções escalonáveis que podem ser lucrativas.”

Fonte:
Reformulando o sorvete para melhorar a resposta da glicose pós-prandial: uma oportunidade para o setor criar valor compartilhado
Autores: Carel W. Le Roux, Ebaa Al-Ozairi, et al
Publicado: Front. Nutr., 16 de julho de 2024, Seção de Nutrição e Metabolismo, Volume 11 – 2024
DOI: 10.3389/fnut.2024.1349392