ESPMEXENGBRAIND
30 dez 2025
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🍦 Marca aposta em brasilidade, fruta de verdade e experiência para crescer até 25% em 2026 no mercado de sorvetes premium.
🍓 Com foco em identidade nacional e foodservice, a Rochinha acelera sua estratégia em sorvetes premium no Brasil.
🍓 Com foco em identidade nacional e foodservice, a Rochinha acelera sua estratégia em sorvetes premium no Brasil.

Sorvetes premium são o eixo central da estratégia de crescimento da Sorvetes Rochinha, marca brasileira que atravessa um novo ciclo de expansão e profissionalização sem abrir mão de sua identidade original. Fundada em 1983, no litoral norte de São Paulo, a empresa projeta avançar entre 20% e 25% em 2026, apoiada na valorização da brasilidade, no uso intensivo de frutas e na ampliação de sua presença no foodservice.

Segundo Adriane Azevedo, diretora de marketing (CMO) da companhia, o desafio estratégico é claro: crescer preservando os atributos que consolidaram a marca ao longo de mais de quatro décadas. Para ela, a Rochinha construiu um posicionamento que vai além do produto. Trata-se de uma narrativa associada à praia, à Mata Atlântica e aos sabores tropicais, elementos que seguem orientando decisões de portfólio e expansão.

O processo de profissionalização ganhou ritmo a partir de 2014, quando a gestão passou para a H&M Participações, grupo que adquiriu a empresa dois anos depois. Desde então, a marca vem ajustando seus processos industriais, logísticos e comerciais, sem descaracterizar o DNA artesanal que a tornou reconhecida no segmento de sorvetes premium.

Esse posicionamento se reflete diretamente no mix de produtos. Hoje, cerca de 73% do portfólio da Rochinha é composto por itens à base de frutas. De acordo com a executiva, a empresa trabalha com fruta in natura ou polpa, priorizando sabor, textura e naturalidade. Essa escolha, afirma, diferencia a marca em um mercado cada vez mais competitivo e atento à qualidade dos ingredientes.

O sorvete de coco permanece como o principal ícone da Rochinha e sintetiza sua proposta de valor. A matéria-prima vem da Bahia, e parte do processo produtivo mantém características artesanais, mesmo em escala industrial. O coco queimado, por exemplo, continua sendo preparado em panela, prática que, segundo a empresa, preserva sabor e identidade. Paralelamente, a marca investe em sabores tipicamente brasileiros, como cartola e queijo coalho, reforçando o vínculo com a cultura alimentar nacional.

Para a temporada de verão, a Rochinha aposta em lançamentos como o “coquíssimo” — combinação de coco com biscoito de avelã — além de novidades como tapioca, sorbet de morango e sorbet de manga com maracujá. A estratégia é equilibrar inovação com sabores familiares ao consumidor brasileiro.

Atualmente, os produtos da marca estão presentes em mais de 3 mil pontos de venda, entre padarias, supermercados, restaurantes e pequenos varejistas. Além disso, a empresa mantém um canal direto com o consumidor por meio de cerca de 300 carrinheiros que atuam nas praias. Esse contato, segundo a gestão, funciona como termômetro de aceitação e laboratório informal para novos sabores.

No varejo próprio, a Rochinha opera 23 franquias e vem apostando em um novo modelo de loja. O antigo formato de autosserviço por quilo deu lugar ao conceito de cremeria, com atendimento assistido, ambientação sensorial e estímulo à experimentação. Unidades em bairros como Moema e Tatuapé, na capital paulista, além de cidades do interior e do litoral, já adotam o novo padrão.

A proposta dialoga com uma mudança de comportamento do consumidor. Para a CMO, o consumo de sorvetes premium passou a ser encarado como um programa de lazer, associado a momentos de convivência. A experiência é reforçada por detalhes como playlists exclusivamente de música brasileira e pela integração da loja com o bairro e a comunidade local.

No campo tecnológico, a empresa testa soluções como totens de autoatendimento em lojas de alto fluxo turístico e aprimora operações de logística e delivery, sempre sob gestão das franquias. Ainda assim, a tecnologia é vista como suporte. O contato humano permanece central na estratégia de marca.

A expansão segue um ritmo considerado prudente. O foco geográfico permanece em São Paulo e no Sudeste, com planos de avanço gradual para o Sul nos próximos três anos. Parcerias com marcas nacionais, como Doce de Leite Rocca e Brownie do Luiz, também integram a estratégia.

Para 2026, o foodservice desponta como um dos principais motores de crescimento. A Rochinha já está presente em operações como A Chapa, Joaquin’s e New Dog, oferecendo produtos próprios ou soluções completas de sobremesa. O objetivo, segundo a empresa, é garantir rendimento, padronização e constância de qualidade — atributos essenciais no mercado de sorvetes premium.

*Escrito para o eDairyNews, com informações de M&C

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