O soro ácido do leite, antes considerado um resíduo difícil de descartar, está sendo transformado em um composto proteico valioso graças à inovação da startup neozelandesa Mara Bio. Além dos benefícios ambientais, essa tecnologia representa uma nova oportunidade financeira para a indústria láctea.
Durante a conferência Agriventures evokeAG na Austrália, a Mara Bio apresentou sua tecnologia pioneira, que converte esse subproduto quase tóxico em um composto alimentar rico em proteínas. A inovação garantiu à empresa o prêmio principal do evento, destacando seu impacto potencial na indústria láctea.
Os fundadores da Mara Bio, Mark Balchin e Dra. Maya Tangestani, compararam seu processo de fermentação à produção de cerveja. Em um curto período de fermentação, o soro ácido do leite é combinado com micélio fúngico e outros ingredientes não revelados, resultando em um produto com teor proteico similar ao do soro de leite convencional.
A fração sólida pode ser utilizada como aditivo proteico em diversas aplicações, enquanto o subproduto líquido abre caminho para o desenvolvimento de soluções como fibras solúceis e enzimas, ampliando ainda mais as possibilidades da tecnologia da Mara Bio.
Com previsões indicando que até 2030 serão gerados 200 bilhões de litros de resíduo de soro anualmente, a solução da Mara Bio apresenta um caminho promissor para transformar desperdício em um recurso valioso, beneficiando tanto o meio ambiente quanto a economia do setor.
Traduzido e adaptado para eDairyNews 🇧🇷