ESPMEXENGBRAIND
27 ago 2025
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Alerta global: superbactéria do gado ameaça carne, leite e queijo, podendo afetar humanos, segundo pesquisa da Penn State.
🚨 Superbactéria bovina: risco em carne, leite e derivados
🚨 Superbactéria no gado ameaça carne, leite e queijo, alerta estudo da Penn State.

Uma pesquisa da Universidade Penn State (EUA) levantou preocupações sobre a presença da Salmonella Dublin nos rebanhos bovinos e o potencial de contaminação de alimentos como carne, leite e queijo, com risco direto para a saúde humana.

O estudo, publicado na revista científica Applied and Environmental Microbiology, indica que esta bactéria apresenta crescente resistência aos antibióticos, tornando seu controle cada vez mais difícil.

De acordo com os dados divulgados pela instituição, os pesquisadores analisaram 2.150 cepas da bactéria encontradas em vacas, em seres humanos e no ambiente.

Os resultados demonstraram que as mutações apresentam grande semelhança genética, o que favorece a circulação entre espécies. Essa característica aumenta as chances de que a bactéria se desloque do rebanho bovino para as pessoas, principalmente por meio de alimentos de origem animal.

Os cientistas alertam que os antibióticos atualmente utilizados mostraram eficácia reduzida contra as cepas encontradas no gado, o que acende um sinal de alerta para a indústria alimentícia e para as autoridades sanitárias.

O risco de transmissão por carne, leite e derivados é considerado significativo, especialmente em regiões com fiscalização sanitária insuficiente ou práticas de manipulação e pasteurização inadequadas.

A Salmonella Dublin pode provocar doenças graves no rebanho, comprometendo a saúde animal e gerando prejuízos econômicos aos produtores.

Em seres humanos, a infecção pode evoluir para casos severos de bacteremia — a presença de bactérias no sangue — que exigem internação hospitalar. Conforme os dados do estudo, entre 2005 e 2013, 78% das infecções registradas necessitaram de hospitalização, e cerca de 4% dos pacientes contaminados evoluíram para óbito.

Os grupos mais vulneráveis incluem trabalhadores rurais que têm contato direto com o gado, além de idosos, crianças e pessoas com o sistema imunológico comprometido.

A transmissão pode ocorrer tanto pelo manuseio de animais infectados quanto pelo consumo de produtos contaminados, como carne crua ou malcozida, leite não pasteurizado e queijos produzidos com matéria-prima não tratada termicamente.

Especialistas recomendam medidas preventivas rigorosas, incluindo boas práticas de manejo nas fazendas, controle sanitário rigoroso, vacinação do rebanho quando disponível e fiscalização mais intensa na indústria láctea e de carnes.

Para o consumidor final, as orientações incluem cozinhar completamente as carnes, consumir apenas leite pasteurizado e armazenar produtos de origem animal em condições adequadas de refrigeração.

A crescente resistência antimicrobiana demonstrada pela Salmonella Dublin não é um problema isolado dos Estados Unidos.

Embora a pesquisa tenha sido conduzida em território norte-americano, o alerta é global, já que o comércio internacional de carne e lácteos pode facilitar a disseminação da bactéria. Países importadores devem reforçar seus mecanismos de controle, e os exportadores precisam garantir rastreabilidade e segurança alimentar.

A publicação deste estudo reforça a necessidade de uma abordagem integrada entre saúde animal, saúde humana e segurança alimentar, alinhada ao conceito de “One Health”, que reconhece a interconexão entre pessoas, animais e meio ambiente.

As autoridades sanitárias e a cadeia produtiva de lácteos e carnes são chamadas a agir de forma coordenada para reduzir os riscos e proteger tanto o consumidor quanto os produtores rurais.

Segundo a Universidade Penn State, novas pesquisas estão em andamento para desenvolver métodos mais eficazes de detecção e controle da Salmonella Dublin, bem como para avaliar estratégias de redução da resistência antimicrobiana.

Enquanto isso, o setor produtivo é incentivado a adotar medidas preventivas imediatas, minimizando as chances de propagação.

Para os consumidores, a mensagem é clara: a prevenção começa no campo, mas continua na cozinha.

Garantir a origem segura dos alimentos, respeitar as orientações de cozimento e evitar o consumo de leite cru ou queijos de procedência duvidosa são atitudes fundamentais para reduzir o risco de infecção.

*Adaptado para eDairyNews, com informações de Agrolink

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