Segundo Borges, as expressivas altas dos grãos no mercado brasileiro nos últimos meses têm trazido muitas dificuldades às cadeias produtivas do leite, aves e suínos, que utilizam amplamente estes grãos nas dietas dos animais
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Segundo Borges, as expressivas altas dos grãos no mercado brasileiro nos últimos meses têm trazido muitas dificuldades às cadeias produtivas do leite, aves e suínos, que utilizam amplamente estes grãos nas dietas dos animais

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Estadão Conteúdo

Redação Folha Vitória

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O custo de produção no setor de proteína animal deve cair um pouco após a Câmara de Comércio Exterior (Camex) ter suspendido temporariamente a Tarifa Externa Comum (TEC) sobre as importações de soja e milho de fora do Mercosul. A avaliação é do presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Leite (Abraleite), Geraldo Borges, em nota divulgada neste domingo.

“A Abraleite acredita que a retirada da tarifa pode ajudar a controlar as altas vertiginosas nos preços desses insumos que são commodities e possuem suas cotações atreladas ao dólar, vivendo momento de maior exportação para Ásia, sobretudo para China”, disse Borges, acrescentando que a medida também pode beneficiar os consumidores, contendo, talvez as altas dos alimentos à população.

“Essa suspensão dos impostos pode amenizar os efeitos do que está acontecendo hoje e que está dificultando a produção de proteína animal – leite, frango, ovos, suínos e até bovinos de corte criados em confinamento”, continuou Borges. Farelo de soja e milho são os principais insumos alimentares dessas cadeias produtivas e também o item que mais pesa no custo de produção.

Segundo Borges, as expressivas altas dos grãos no mercado brasileiro nos últimos meses têm trazido muitas dificuldades às cadeias produtivas do leite, aves e suínos, que utilizam amplamente estes grãos nas dietas dos animais.

No início de outubro, no dia 5, o indicador Esalq/BM&FBovespa Paranaguá (PR) bateu recorde real, ao atingir R$ 156,02/saca de 60 quilos. O recorde anterior era de 31 de agosto de 2012, de R$ 153,40/saca, segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). Na sexta-feira, novo recorde foi batido, ao alcançar R$ 159,44/saca, alta de 1,55% ante quinta-feira e de 7,64% no mês.

Já o milho ultrapassou os R$ 70/saca na quinta-feira, alcançando os R$ 70,30 a saca de 60 quilos na região de Campinas (SP), informou o Cepea na sexta-feira (16), em relatório. O indicador vem em ritmo de alta há mais de dez dias e, entre 8 e 15 de outubro, subiu 4,1%. Já na parcial de outubro, 10,5% ante o mês anterior. Na sexta-feira, o indicador do milho encerrou o dia a R$ 70,72, avanço de 0,6%.

De acordo com nota do Ministério da Agricultura divulgada ontem, a suspensão temporária do imposto de importação para soja (grão, farelo e óleo de soja) valerá até 15 de janeiro de 2021. Já em relação ao milho, as importações brasileiras sem pagamento de imposto vão até 31 de março de 2021. “O estabelecimento dessas datas visa não comprometer a comercialização da próxima safra, que tem a colheita prevista para início do próximo ano”, observa o ministério.

Os laticínios são um pilar fundamental do suprimento mundial de alimentos.

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