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1 ago 2025
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Tarifa dos EUA sobre alimentos brasileiros ameaça cadeias globais; ABIA pede diálogo para mitigar distorções e perdas no comércio internacional.
A tarifa dos EUA de 50 % sobre produtos brasileiros, válida a partir de 1º de agosto de 2025
A tarifa dos EUA de 50 % sobre produtos brasileiros, válida a partir de 1º de agosto de 2025.

Tarifa dos EUA sobre alimentos brasileiros recebe alerta da ABIA como risco às cadeias globais, segundo associação que representa 80% da indústria de alimentos no Brasil.

A tarifa dos EUA de 50 % sobre produtos brasileiros, válida a partir de 1º de agosto de 2025, é um salto expressivo em relação à alíquota anterior de 10 % aplicada em abril.

A Associação Brasileira das Indústrias de Alimentos (ABIA) ressaltou que a medida transcende o comércio bilateral e representa um grave desafio às cadeias globais de valor da agroindústria.

A importância do Brasil como fornecedor global de suco de laranja, proteínas animais, açúcar e café torna os EUA seu segundo maior mercado individual, atrás apenas da China.

A imposição da tarifa pode provocar um realinhamento das rotas comerciais, afetando países terceiros e pressionando preços e contratos internacionais.

A tarifa dos EUA representa uma perda de competitividade drástica para empresas exportadoras brasileiras, forçando-as a buscar outros destinos globais.

Ao mesmo tempo, os EUA terão que encontrar novos fornecedores – um processo complexo dada a escala dos volumes envolvidos.

A ABIA defende a retomada urgente do diálogo técnico e diplomático com os EUA, apontando a necessidade de articulação institucional para mitigar os efeitos sobre comércio, investimentos, câmbio e inflação.

A entidade reafirma sua disposição de colaborar com autoridades brasileiras e o setor privado para garantir estabilidade, previsibilidade e manutenção de empregos e produção.

Exportadores brasileiros tentaram acelerar embarques, mas com tempo médio de viagem de navios entre 14 e 18 dias até os portos americanos, não conseguiram evitar que as mercadorias chegassem antes da vigência da tarifa em 1º de agosto.

Setores estratégicos como café, suco de laranja, carne bovina e até açaí estão diretamente ameaçados. No caso do açaí, por exemplo, estima-se que o preço nos EUA passe a tornar o produto um item de luxo em cafeterias e supermercados – especialmente nos estados do Pará, maior exportador da fruta.

O governo brasileiro já solicitou ao governo dos EUA exclusão dos setores de alimentos e da Embraer da tarifa de 50 %, embora não tenha sido confirmado oficialmente um acordo – ainda em negociação com base em cláusulas de confidencialidade.

Os impactos econômicos podem ser amplos: queda nas exportações, pressão sobre o PIB brasileiro, risco de desemprego e instabilidade nas cadeias de produção. O setor industrial deverá revisar contratos, redirecionar mercados e reavaliar sua estratégia logística e fiscal.

Em resposta à medida unilateral dos EUA, o Brasil estuda ativar a Lei da Reciprocidade Econômica para impor tarifas retaliatórias, além de recorrer à Organização Mundial do Comércio (OMC). O objetivo é buscar uma solução negociada que evite escalada e preserve estabilidade e cooperação internacional.

🧐 Considerações finais

  • A tarifa dos EUA sobre alimentos brasileiros ameaça não só o comércio bilateral, mas toda a estrutura de abastecimento global da agroindústria.
  • A ABIA enfatiza a urgência do diálogo diplomático e técnico para evitar danos econômicos e rupturas nas cadeias produtivas.
  • Exportadores, governo e empresas devem revisar estratégias, diversificar mercados e fortalecer o engajamento institucional visando estabilidade e previsibilidade.

 

*Adaptado para eDairyNews, com informações de Diário do Litoral, AgroRevenda, ACG News

 

 

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