O teste foi validado por sequenciamento genético e mostrou 100% de sensibilidade para detectar leite do tipo A2.
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Pesquisa científica foi realizada pela empresa catarinense Scienco Biotech.

Leite A2 | A 12ª edição da AgroPonte reuniu até domingo, dia 20, em Criciúma, novidades nos setores do agronegócio, agricultura familiar, indústrias e tecnologia.

Conhecida por suas novidades, A feira deste ano teve a empresa Scienco Biotech como um de seus 280 expositores.

Fundada a partir da universidade, a empresa tem como o objetivo preencher uma lacuna de produtos para pesquisa científica e a indústria nacional de diagnóstico.

“Um dos cases mais notáveis que a Scienco Biotech apresento na AgroPonte é o teste rápido para detecção de leite de pureza A2A2, além do teste para identificação de vacas bovinas produtoras exclusivas de leite A2.

Com um período de pesquisa de cinco anos, esses testes revolucionários, lançados em 2023, têm despertado interesse em diversos setores”, comenta a diretora técnica da empresa, Maria Magalhães.

Conforme Maria, produtores, laticínios, empresas de controle de qualidade de alimentos lácteos e até mesmo empresas de melhoramento genético de gado leiteiro têm sido atraídos por essa inovação, fruto do esforço conjunto da equipe de pesquisadores da Scienco Biotech.

“Essa conquista ressalta a colaboração e dedicação de todos os envolvidos na Scienco Biotech. Além disso, a Scienco Biotech não se limita ao Brasil, uma vez que a inovação de seus produtos tem atraído parceiros e interessados internacionais”, garante.

Sobre o teste

Este teste que será apresentado na AgroPonte é conhecido como Teste Rápido Leite A2 e permite a análise do leite para identificar leite livre de beta caseína A1. O teste usa uma gota de leite e identifica o leite A2 na própria fazenda em minutos.

É um teste fácil e rápido que permite a triagem de grandes rebanhos de maneira rápida e barata, facilitando assim a seleção de rebanhos A2A2.

“O teste foi validado por sequenciamento genético e mostrou 100% de sensibilidade para detectar leite do tipo A2. O mais importante é que a análise é rápida e fácil, o custo da análise é reduzido (permitindo a análise em massa), permitindo uma expansão e facilidade na testagem dos rebanhos brasileiros”, detalha a diretora técnica.

Diferença de leite

O que diferencia o leite A2 do leite A1 são os tipos de β-caseína existentes. Aproximadamente 45% das proteínas do leite são β-caseína. Doze mutações no gene da beta-caseína já foram encontradas em bovinos. No entanto, duas formas prevalentes são encontradas no leite de vaca (β-caseína A1 e A2).

A forma natural (ancestral) da beta caseína bovina é a β-caseína A2, mas devido a uma mutação genética que ocorreu nos bovinos há aproximadamente 10 mil anos, algumas vacas passaram a produzir a β-caseína A1. Dessa forma, o leite de vaca hoje pode conter ambas as formas de beta-caseína (A1 e A2.)

As proteínas A1 e A2 são quase idênticas na sequência dos seus 209 aminoácidos, no entanto, uma única substituição na posição 67 causa diferenças importantes na digestão destas proteínas.  A presença do aminoácido histidina 67 na proteína A1, faz com que durante a digestão do leite A1, haja a formação de um peptídeo conhecido como beta-casomorfina-7 (BCM-7). Diferentemente, a beta-caseína A2, que apresenta uma prolina na posição 67 da cadeia de aminoácidos, não forma o BCM-7 durante a digestão.

O leite A2 no Brasil

A maioria das vacas leiteiras no Brasil apresenta genótipo A1A2 e, portanto, produzem ambas as formas de beta-caseínas (A1 e A2) em seu leite. Outros animais possuem ainda o genótipo A1A1 e produzem apenas a beta-caseína A1, enquanto alguns animais possuem genótipo A2A2 e, portanto, produzem leite puramente A2.

Enquanto a maioria do leite produzido hoje no Brasil contém uma mistura de beta-caseínas A1 e A2, algumas fazendas já selecionaram seus rebanhos para produção de leite puramente A2.

Além disso, o leite materno humano possui a b-caseína A2 em seu leite, dessa forma, o leite de vaca puramente A2, se assemelha mais ao leite materno e pode ser uma alternativa importante no momento da troca de fonte alimentar do bebê.

O consumo de leites em geral por indivíduos com alergia à proteína do leite de vaca (APLV), incluindo produzidos a partir de vacas com genótipo A2A2, pode implicar em risco à saúde e causar reações e agravos à saúde graves, que variam desde erupções cutâneas até choque anafilático.

 

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