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18 ago 2025
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Novo doce de leite diet da UFV, sem lactose e com 25% menos calorias, é alternativa saudável para diferentes perfis de consumidores.
Os estudantes Gustavo e Jonanthan desenvolveram o doce de leite diet com o professor Evandro Martins na UFV — Foto: UFV/Reprodução
Os estudantes Gustavo e Jonanthan desenvolveram o doce de leite diet com o professor Evandro Martins na UFV — Foto: UFV/Reprodução

Doce de leite diet é a mais recente inovação da Universidade Federal de Viçosa (UFV), em Minas Gerais, que apresentou ao mercado uma versão sem lactose e com menor valor calórico do tradicional doce mineiro.

O produto foi desenvolvido por alunos do Departamento de Tecnologia de Alimentos da instituição e busca atender às necessidades de pessoas com restrições alimentares, como diabéticos e intolerantes à lactose, sem abrir mão do sabor característico.

Segundo a UFV, o projeto nasceu com o objetivo de unir ciência, tradição e inovação. Viçosa é reconhecida como Capital Estadual do Doce de Leite, e o desafio da equipe era criar uma formulação que mantivesse as características do famoso e premiado Doce de Leite Viçosa, mas que pudesse ser incluída em dietas restritivas.

O professor Evandro Martins, orientador do trabalho, destacou que a demanda veio do próprio mercado consumidor.

“Estamos sempre em busca de criar produtos que atendam às demandas do mercado. O doce de leite é um símbolo de Minas, e adaptá-lo para novos perfis de consumidores é uma forma de ampliar seu alcance”, afirmou.

Atualmente, o doce está em processo de patente no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). Após a conclusão do registro, a universidade pretende buscar parcerias com empresas interessadas em licenciar a tecnologia e disponibilizar o produto no varejo.

Menos calorias, mesmo sabor

O desenvolvimento da nova receita ficou a cargo dos estudantes Gustavo Silva Campos e Jonathan Gusmão, sob a coordenação do professor Martins. A principal dificuldade encontrada foi retirar o açúcar sem comprometer a textura e o brilho típicos do doce.

“Quando retiramos o açúcar, o doce fica mais fluido, o que não agrada ao consumidor. Algumas marcas recorrem a gomas para dar consistência, mas isso pode gerar uma sensação gelatinosa que não é bem aceita”, explicou Gustavo.

Para superar o desafio, a equipe investiu em testes contínuos e consultou consumidores durante o processo. O resultado foi um doce de leite com aproximadamente 25% menos calorias, sem gomas artificiais e com sabor muito próximo ao tradicional.

Outro obstáculo foi adaptar o processo de cozimento industrial. A retirada do açúcar intensificou a incrustação de minerais do leite nos equipamentos, o que exigiu ajustes técnicos para manter a produção viável.

Versatilidade no consumo

Além de atender às necessidades de pessoas com diabetes e intolerância à lactose, o doce de leite diet da UFV se mostra versátil em diferentes contextos alimentares. Ele pode ser incluído em dietas com restrição calórica e até mesmo ser utilizado como fonte de energia rápida antes de exercícios físicos, funcionando como uma opção prática de pré-treino.

Segundo a universidade, a intenção é que o produto combine tradição e inovação, mantendo o doce de leite como símbolo cultural e econômico de Minas Gerais, ao mesmo tempo em que se adapta a um público que busca saúde e bem-estar.

Viçosa e a tradição do doce de leite

A UFV tem uma longa trajetória ligada ao desenvolvimento de tecnologias para o setor lácteo. O Doce de Leite Viçosa já conquistou diversos prêmios nacionais e internacionais, consolidando-se como referência de qualidade.

Com a nova versão diet e sem lactose, a universidade reforça a vocação de Viçosa como centro de excelência em produtos derivados do leite. A expectativa é que, após a liberação da patente, indústrias parceiras possam escalar a produção e levar o doce inovador às gôndolas de supermercados em todo o Brasil.

Enquanto isso, a iniciativa também contribui para posicionar a instituição como protagonista em pesquisas aplicadas à indústria alimentícia, mostrando que a tradição pode caminhar junto à inovação.

*Adaptado para eDairyNews, com informações de D1

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