Agrônomo pela Universidade Federal de Lavras, um dos responsáveis pela fundação da Embrapa, ex-ministro da Agricultura e atual presidente do Fórum do Futuro.
É vital refazer as pazes com a esperança. É possível, sim, construir um mundo melhor imediatamente e tecer a lógica de uma nova ordem econômica, social e ambiental que empreste sentido à trajetória das Nações desenvolvidas; das mais pobres; das pessoas – especialmente os jovens, protagonistas do futuro –; e do planeta.
Os imensos os desafios desta era exigem repensar paradigmas políticos, de gestão e planejamento. E fortes doses de empatia e coragem para aproximar conquistas científicas e tecnológicas da realidade nas sociedades. Omissão, aqui, não é alternativa.
Nesse sentido, o poderoso acervo de saber reunido pelas ciências praticadas na zona tropical pode surpreender. Esse o objetivo do livro “As Soluções Sustentáveis que vêm dos Trópicos”, coordenado pelo Instituto Fórum do Futuro, na pretensão de instigar uma reflexão global sobre o potencial transformador desses conhecimentos.
Não é simples, nem fácil. Mas, é lógico, desejável e factível.
Até 2050, alguns nexos centrais guiarão anseios e buscas de soluções estruturantes: o aumento da população (vamos a perto de 10 bilhões); e o incremento das o incremento das demandas: alimentar (200 mil novas bocas a cada dia); de energia, mais 50%; de água (mais 40%).
Porém, nunca tivemos tantos meios científicos e tecnológicos para atuar na redução da desigualdade, no combate à fome (preço dos alimentos) e à inflação via aumento da oferta; no enfrentamento da transição climática, na contenção de fluxos migratórios forçados.