A Federação Internacional de Laticínios (IDF) é uma organização que ajuda a atender a esse propósito e, durante a Cúpula Mundial de Laticínios, no mês passado, reforçar o lugar dos laticínios para os consumidores globais foi um tópico frequente de discussão.

Embora cada país tenha suas próprias necessidades e habilidades, há pontos em comum nas preocupações que eles enfrentam. Algumas delas também têm um alcance mais amplo nas metas de desenvolvimento sustentável da Organização das Nações Unidas (ONU), que se propõem a desenvolver um mundo mais próspero. Muitos deles podem ser relacionados à forma como os alimentos são produzidos e distribuídos.

“Não há como atingir essas metas sem os laticínios e sem a pecuária”, disse a diretora geral da IDF, Caroline Emond. Ela observou que, quando a IDF participa de eventos da ONU, seu objetivo é aumentar a conscientização sobre as amplas contribuições dos laticínios para essas metas – desde a redução da fome até a eliminação da pobreza e a melhoria da igualdade de gênero – e reafirmar a ligação entre a segurança alimentar e a saúde humana.

Mesmo que alguns grupos tentem destruir as proteínas animais em nome da preocupação ambiental, devemos lembrar que a demanda por nossos produtos está, na verdade, aumentando à medida que a população global e a classe média crescem, disse o presidente da IDF, Piercristiano Brazzale.

De acordo com a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura, três bilhões de pessoas no mundo não têm condições de ter uma dieta saudável, acrescentou Nick Gardner, do U.S. Dairy Export Council. Quando combinados com políticas comerciais, os alimentos lácteos podem ser uma grande parte da solução dessa crise. Essa necessidade não pode se perder em argumentos que não levam em conta a nutrição humana. “O alimento é, antes de tudo, para nos nutrir”, continuou Gardner.

Isso certamente não quer dizer que a comunidade leiteira esteja ignorando a oportunidade de usar os recursos de forma mais eficiente, uma parte essencial para ajudar as gerações futuras a se beneficiarem dos produtos lácteos. Todos os tipos de produtores de laticínios fazem algum tipo de esforço para ajudar sua terra, água, negócios e comunidade a serem melhores do que eram no início.

Na Índia, por exemplo, onde a maioria das fazendas tem apenas algumas vacas, Meenesh Shah, do National Dairy Development Board, observou que os fazendeiros buscam produzir mais leite com um número ainda menor de vacas. Algumas residências têm até pequenos digestores que produzem biogás para a família usar em casa.

“Temos que ser capazes de equipar os fazendeiros do mundo todo com as ferramentas de que precisam para produzir de forma sustentável”, disse Marilyn Hershey, fazendeira de laticínios da Pensilvânia e presidente da Dairy Management Inc.

O foco na ciência é necessário para ajudar a impulsionar essas iniciativas, e isso é algo que organizações como a IDF fornecem: fatos.

“Não existe uma agenda climática sem a agenda alimentar, e não existe uma agenda alimentar sem a agenda dos laticínios”, disse Eric Harris, da Tetra Pak, ao resumir por que a voz da comunidade leiteira deve se unir nessas conversas sobre o futuro dos alimentos. Sem ela, a resposta para a questão do lugar dos laticínios nos sistemas alimentares pode ser decidida por aqueles que não veem o quadro completo de nossos produtos.

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