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18 dez 2024
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As importações de lácteos do Brasil caíram 23% em maio, atingindo o nível mais baixo dos últimos 12 meses, uma notícia que pode prejudicar o Uruguai, que é o principal destino do setor de lácteos.
As importações de lácteos do Brasil caíram 23% em maio, atingindo o nível mais baixo dos últimos 12 meses, uma notícia que pode prejudicar o Uruguai, que é o principal destino do setor de lácteos.De acordo com dados publicados no final de março pelo Instituto Nacional do Leite (Inale), o Uruguai subiu um degrau e se posicionou como o principal fornecedor de leite em pó integral do Brasil, ultrapassando a Argentina. Importação
De acordo com dados publicados no final de março pelo Instituto Nacional do Leite (Inale), o Uruguai subiu um degrau e se posicionou como o principal fornecedor de leite em pó integral do Brasil, ultrapassando a Argentina.
As importações de lácteos do Brasil caíram 23% em maio, atingindo o nível mais baixo dos últimos 12 meses, uma notícia que pode prejudicar o Uruguai, que é o principal destino do setor de lácteos.

De acordo com os dados do Comex Stat publicados pelo Milkpoint, um total de 146,3 milhões de litros de equivalente leite foram importados, o menor volume dos últimos doze meses. Entre os produtos que registraram a maior queda estão o leite em pó integral, com 31% de queda, e o leite em pó desnatado, com 38% de queda.

Enquanto isso, outros produtos também apresentaram uma queda, embora menor. Entre eles estão os iogurtes e a maionese. No entanto, o doce de leite registrou um aumento de 12% em maio.

O que acontecerá no futuro?

Esse quadro corresponde ao fato de que os preços dos produtos lácteos no gigante sul-americano se fortaleceram, tornando a compra de produtos importados mais competitiva. Esse resultado corresponde às intenções do Brasil de fortalecer o mercado interno, o que corresponde à solicitação do setor de laticínios brasileiro.

Embora os dados do mês de maio não sejam uma boa notícia para o Uruguai, o Milkpoint garante que, nos próximos 2 ou 3 meses, as importações poderão apresentar uma melhora. Uma das razões para isso é a expectativa de um aumento na quantidade de oferta da Argentina e do Uruguai.
Um governo mais restritivo

A pedido dos produtores de leite, o governo brasileiro, especificamente o governo do departamento do Paraná, decidiu em abril remover a isenção de impostos sobre produtos lácteos importados devido a uma demanda do desfavorecido setor de laticínios brasileiro.

A decisão do governo brasileiro afeta diretamente o leite em pó e o queijo mussarela importados por meio da revogação da isenção do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). A decisão foi anunciada pela Agência de Notícias do Estado do Paraná.

As medidas são uma resposta ao alto nível de importação desses produtos, o que afeta diretamente a indústria nacional naquele país. Dessa forma, o leite em pó e a mussarela importados passarão a ser tributados em 7% do ICMS, a menor alíquota permitida, pois são classificados como produtos alimentícios básicos, que são proibidos de serem tributados pela alíquota integral de 19,5%.

Por outro lado, foi retirado o benefício do crédito presumido de ICMS de 4%, uma espécie de incentivo fiscal, para evitar que o valor seja deduzido de outros créditos de ICMS. Além disso, o governo anunciou que pretende regular as importações dos países membros do Mercosul.

A dependência do Uruguai em relação ao Brasil

De acordo com dados publicados no final de março pelo Instituto Nacional do Leite (Inale), o Uruguai subiu um degrau e se posicionou como o principal fornecedor de leite em pó integral do Brasil, ultrapassando a Argentina.

O leite em pó integral foi responsável por 54% do total das importações do país vizinho, alcançando uma receita total de 27.133 toneladas durante janeiro e fevereiro, um aumento de quase sete toneladas desde o mesmo período do ano passado, quando o total foi de 20.812 toneladas.

Com 51% do total das importações, o Uruguai se tornou o principal fornecedor desse produto para o país vizinho, enquanto a Argentina ficou em segundo lugar, com 44%, e o Paraguai, em terceiro, com 5%.

 

 

 

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