Apesar do crescimento, o resultado está abaixo do recorde alcançado em 2017, de R$ 604,16 bilhões

O Valor Bruto da Produção Agropecuária em 2019 deve crescer 1,4%, para R$ 600,93 bilhões, segundo o Ministério da Agricultura. O coordenador-geral de Estudos e Análises da Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, José Garcia Gasques, avalia, em nota distribuída pela pasta, que o montante não deve ficar muito diferente até o fim do ano, “uma vez que faltam apenas as culturas de inverno e o trigo para o fechamento”. Apesar do crescimento, o resultado está abaixo do recorde alcançado em 2017, de R$ 604,16 bilhões (em termos reais), “que foi o maior desde o início da série em 1989”.

Conforme a Agricultura, a pecuária lidera o crescimento, com aumento real de 4,1%, e as lavouras se mantêm estáveis, “com valor parecido ao do ano passado”. “Há uma quantidade relativamente grande de produtos que vêm apresentando bom desempenho”, destaca Gasques. “Mas os de maior destaque são algodão, amendoim, banana, batata inglesa, feijão, laranja, milho, tomate e trigo.”

Na pecuária, o crescimento deve-se principalmente a bovinos, suínos e frangos. O destaque é frango, com crescimento de 13% no valor da produção. As duas atividades com pior resultado são leite e ovos, ambos com redução do Valor Bruto da Produção Agropecuária.

Os produtos que registraram queda de faturamento são café (23,8%), arroz (7,5%), cana-de-açúcar (5,4%), mandioca (9,6%), soja (13,6%) e uva (5,4%). A maior redução absoluta ocorreu em soja, na ordem de R$ 20 bilhões. “São poucos produtos, mas com peso enorme no valor da produção”, diz Gasques. “Esses vêm afetando negativamente o resultado do PIB (Produto Interno Bruto) agropecuário, como o IBGE apresentou nas Contas Nacionais ao divulgar os dados do primeiro trimestre.”

A partir de segunda-feira, 18 de novembro, agricultores se mobilizam contra o acordo de livre-comércio entre a Europa e cinco países da América Latina, rejeitado pela França. François-Xavier Huard, CEO da Federação Nacional da Indústria de Laticínios (FNIL), explica a Capital as razões pelas quais o projeto enfrenta obstáculos.

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