Quinto maior produtor mundial de leite, o Brasil exportou em 2017 apenas 0,6% da sua produção inspecionada de lácteos. Mesmo prejudicado pelo baixo consumo interno em decorrência da crise

Quinto maior produtor mundial de leite, o Brasil exportou em 2017 apenas 0,6% da sua produção inspecionada de lácteos. Mesmo prejudicado pelo baixo consumo interno em decorrência da crise, o setor não ampliou suas vendas externas, tendo fechado os últimos anos com déficit na balança comercial.Publicado 16/03/2019 18:26

No entanto, é justamente o mercado externo que é visto como uma das vias para dois pontos fundamentais para a cadeia de leite: estabilidade nos preços e continuidade da expansão do setor. Estudo feito pela Embrapa Gado de Leite apontou que é a região Sul do país que tem viabilidade para exportar.

Em visita à 20ª Expodireto Cotrijal, o chefe-geral da Embrapa Gado de Leite, Paulo do Carmo Martins, explicou que não é todo o Brasil que tem condições de embarcar lácteos para outros países. Por isso, defende a elaboração de políticas públicas regionalizadas para os estados considerados mais competitivos. “Na Região Sul estão os municípios que têm produtividade por vaca compatível com a da Europa”, diz Martins. “E há uma densidade maior, já que várias propriedades estão próximas, com boas produtividades, o que facilita e torna mais barata a captação pelas indústrias”, acrescenta.

Atualmente, o Rio Grande do Sul é o estado brasileiro com mais alta produtividade de leite. Em 2016, a produção anual por vaca foi de 3,1 mil litros, em média, enquanto que a média nacional cai para 1,7 mil litros, segundo o IBGE. Em Não-Me-Toque e Passo Fundo, a produtividade é de 4,4 mil a 4,6 mil litros por vaca ao ano.

Mesmo acreditando que o Brasil não será grande exportador de lácteos, já que conta com a vantagem da alta demanda interna, Martins explica que é importante parte da produção nacional ser vendida para fora. “Todo produto que participa do mercado externo tem maior estabilidade de preços. A cotação da soja, do milho, do frango, por exemplo, é estável porque se traz para o mercado interno a estabilidade internacional”, observa.

Companhia do interior de São Paulo deve faturar mais de R$ 1 bilhão e descarta boatos de venda; mirando um eventual IPO, o plano é crescer com M&As, com dois negócios já no gatilho.

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