A renda per capita está estagnada inibindo o consumo geral das famílias e, em particular, o de lácteos. Vendas menores no varejo pressionam os preços para baixo inibindo as margens e a expansão de toda a cadeia produtiva do leite e derivados.
Os preços ao produtor tiveram uma trajetória ascendente iniciada em fevereiro, mas já em abril, as cotações ao produtor ficaram praticamente estagnadas. No caso da indústria, a situação é bem mais complicada. Os laticínios não conseguem reajustar os preços, sobretudo de produtos tradicionais, comprometendo a rentabilidade de diversas empresas que atuam nesses mercados.
Um outro complicador é que Argentina e Uruguai devem ter sua disponibilidade recomposta até meados do ano, gerando excedentes que podem pressionar as exportações para o Brasil. Isso cria uma grande incerteza para o segundo semestre, baseada em pelo menos quatro motivos: