A produção de leite da Nova Zelândia deverá sofrer um declínio marginal para 21,2 milhões de toneladas em 2024, já que os produtores de laticínios enfrentam vários desafios, de acordo com um relatório recente do USDA sobre Mercados Mundiais e Comércio de laticínios.
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Os fatores que mais contribuem para essa perspectiva são o impacto dos padrões climáticos do El Niño, a redução dos preços do leite na fazenda, a inflação persistente nas fazendas e o encolhimento do rebanho leiteiro.
O sistema de produção pastoril da Nova Zelândia depende muito de níveis adequados de chuva para criar reservas de ração para a primavera.
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As condições de seca previstas para os meses de verão (dezembro a fevereiro), de acordo com a mais recente previsão climática sazonal divulgada pelo National Institute of Water and Atmospheric Research, devem prejudicar o crescimento das pastagens e o acúmulo de reservas de ração, principalmente na Ilha do Norte, que constitui 57% do rebanho leiteiro.
Os preços do leite na fazenda também estão sob pressão, com a Fonterra reduzindo recentemente o pagamento do ponto médio oferecido aos produtores pelos sólidos do leite para NZ$ 6,75.
Isso representa uma queda de 27% em relação ao ano anterior e é NZ$ 1,00 a menos do que a oferta de inverno. Isso coincide com a maior inflação nas fazendas em 40 anos, afetando todos os insumos agrícolas, da energia à ração e à mão de obra.
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Entre os custos mais elevados, destacam-se as taxas de juros sobre a dívida agrícola, impulsionadas por aumentos significativos do Banco de Reserva da Nova Zelândia (NZRB) na taxa oficial de caixa (o equivalente à taxa de fundos federais do Federal Reserve dos EUA), que dobrou nos últimos 12 meses.
Notavelmente, 80% dos passivos agrícolas a prazo na Nova Zelândia são flutuantes, sujeitos à reindexação com base na taxa oficial de caixa a cada seis meses.
Embora o RBNZ tenha declarado uma pausa nas taxas após seu último aumento em maio de 2023, historicamente, há uma defasagem de 12 meses entre as mudanças nas taxas de juros do banco central e o comportamento econômico e, portanto, espera-se que as repercussões dos aumentos das taxas reverberem ao longo de 2024.
