O município de Francisco Beltrão é o campeão regional em produção de leite. Foto: arquivo/JdeB
O município de Francisco Beltrão é o campeão regional em produção de leite. Foto: arquivo/JdeB

A produção de leite no Sudoeste do Paraná continua aumentando ano ano. O volume de produção saltou de 795 milhões em 2022 para 835 milhões de litros em 20233 nas microrregiões de Dois Vizinhos e Beltrão. No Sudoeste, o salto foi de 1.082 bilhão para 1.180 bilhão.

Em 2023, o total de vacas ordenhadas nas regiões de Beltrão e Dois Vizinhos foi de 165 mil. O maior produtor regional de leite foi Beltrão, com 90,3 milhões de litros e movimentação financeira de R$ 247 milhões.

 

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Paradoxalmente, o município que tem o segundo maior valor bruto da produção (VBP), com R$ 1,7 bilhão, não conta com laticínio para agregar valor, gerar empregos, arrecadar impostos – IPI, PIS, Cofins e ICMS e impostos municipais. Há pequenas queijarias e uma indústria que compra soro de leite de outros laticínios para fabricação de mateiga e creme de leite.

Pelo menos 27 laticínios de outras cidades compram leite em Francisco Beltrão. A matéria-prima levada daqui e transformada em vários produtos em outras cidades, agregando valor, gerando empregos e impostos.

Antoninho Fontanella, técnico do Departamento de Economia Rural do núcleo regional da Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento (Deral/Seab). relata que “Francisco Beltrão está se especializando principalmente na questão de produção de leite com vacas confinadas. Tem 105 estabelecimentos rurais e sete mil vacas confinadas e 17 mil vacas ordenhadas”.

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O avanço da produção tem ocorrido principalmente nas propriedades que se dedicam ao sistema intensivo – free stall ou compost barn. Mas Antoninho ressalta que ainda há muita produção de leite a pasto. “Temos produtores acima de quatro vacas que são 980. Mais de 300 produtores com até quatro vacas. Aqui dá mais ou menos 1.200 [no total]”, relata o técnico.

Para Antoninho, falta um laticínio ou plataforma de coleta do leite no município para geração de impostos e empregos.

A cadeia regional de leite é bem ampla. Há movimentação que advém da produção de milho silagem para alimentação do gado leiteiro, venda de vacas de fim de ciclo de produção para frigoríficos ou entre produtores e a produção e venda bezerros. “São números bem expressivos”, sublinha Antoninho.

 

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A venda abaixo do custo de produção, o chamado dumping, está sob investigação no Ministério da Indústria e Comércio.

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