Produto tradicional da região dos Campos de Cima da Serra, o queijo artesanal serrano tornou-se, agora, Patrimônio Cultural Imaterial de Caxias do Sul.
A inscrição do alimento no Livro de Registro dos Saberes, da Secretaria Municipal de Cultura, ocorreu nesta quinta-feira, 10.
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O reconhecimento soma-se ao processo iniciado em 2020, quando o Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) concedeu ao Queijo Artesanal Serrano a Denominação de Origem. Em julho de 2024, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado (IPHAE-RS) o reconheceu como Patrimônio Cultural Imaterial, e em setembro do mesmo ano, a Secretaria da Cultura de Caxias do Sul formalizou o título.
“É isso que inclusive fortalece a nossa identidade, a nossa autoestima local. É muito importante, para que a gente saiba que, sim, nós temos muitos saberes e fazeres”, disse a secretária da Cultura, Magali Quadros.
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O queijo serrano é um queijo maturado semigordo elaborado a partir do leite cru de raças de corte ou mistas, das quais se produz tanto carne quanto leite.
Essa atividade começou com o gado trazido pelos jesuítas, depois foram incorporadas outras raças europeias, como o gado normando, e, posteriormente, raças inglesas como angus e hereford.
Em um legítimo queijo serrano, o leite deve ter origem em vacas que se alimentam unicamente de pastagens naturais, o qual apresenta maior teor de gordura quando comparado ao produzido por vacas confinadas.