O acordo entre a União Europeia e o Mercosul será tema de encontro, na próxima semana, entre o Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados (Sindilat) e a Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi).
O texto definido entre os dois blocos econômicos prevê que leite em pó, manteiga, queijo e vinhos produzidos na União Europeia podem ingressar no Brasil, e nos demais países do Mercosul, com isenção de impostos.
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A situação preocupa produtores gaúchos, que já enfrentam a concorrência de itens proveniente de Argentina e Uruguai, países integrantes do grupo sul-americano.
Se mantidas as regras atuais, será retirado 28% de imposto que hoje incide sobre o leite em pó e os 16% tributados sobre a manteiga e queijo importado. Por outro lado, pondera Palharini, haverá redução de preço para importar equipamentos que permitem modernizar a atividade, como robôs para ordenha.
Tributado entre 15% e 25%, de acordo com o Sindilat, esse sistema custa, em média, R$ 1,3 milhão – o que limita a capacidade de compra para produtores de menor porte.
“No Brasil uma vaca produz, em média, 6,5 mil litros por ano. Na Europa, a referência é de 10 mil litros, com mais materiais sólidos e, portanto de melhor qualidade. Mas promover essa mudança, retirando do pasto animais sem origem por outros de raça, leva de cinco a sete anos. Ou seja, temos de começar já”, alerta Palharini.
O sindicato buscará apoio, por exemplo, para que pecuaristas possam investir em animais de raça, que produzem mais leite e de melhor qualidade.
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Aprimorar o manejo do rebanho e a alimentação também estão entre os objetivos.
O Instituto de Gestão, Planejamento e Desenvolvimento da Vitivinicultura do Estado (Consevitis-RS) tentará excluir a bebida do enquadramento do chamado Imposto do Pecado – que aumentará os preços de bebidas e cigarros, por exemplo.
O presidente Luciano Rebellatto pretende solicitar o enquadramento do vinho brasileiro como complemento alimentar.