Os preços dos alimentos pelo mundo apresentaram leve queda em dezembro, mas seguiram elevados, permanecendo próximos dos níveis mais altos dos últimos 19 meses, segundo dados divulgados pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO).
A queda nos preços foi impulsionada principalmente pelos produtos mais baratos, como açúcar, laticínios e óleos vegetais, enquanto carnes e cereais apresentaram aumentos.
O índice de preços da FAO ficou em 127 pontos no mês passado, representando uma diminuição de 0,5% em comparação a novembro, mas ainda 6,7% acima dos valores registrados em dezembro de 2023.
Os preços dos óleos vegetais caíram 0,5% em relação a novembro, após o aumento mais acentuado desde julho de 2022. No entanto, em comparação ao ano passado, os preços ainda permanecem 33,5% mais altos, refletindo a redução nos custos do óleo de canola, soja e girassol.
SDT | Informe South Dairy Trade N° 68: Relatório e análise de Preços de laticínios na Argentina e no Uruguai
Os laticínios também tiveram diminuição nos preços, com queda de 0,7% em relação ao mês anterior. Essa mudança interrompe uma sequência de sete meses consecutivos de aumento nos valores, com destaque para a redução dos preços da manteiga, queijo e leite em pó desnatado.
Os cereais, por outro lado, mantiveram-se praticamente estáveis em dezembro, com leve variação negativa de 9,3% no ano. O trigo teve estabilidade nos preços, com a oferta robusta da Argentina e da Austrália compensando as dificuldades na safra russa.
O milho apresentou um aumento marginal devido ao crescimento das exportações e ao aperto nos estoques dos Estados Unidos.
Contrariando a tendência geral de queda, as carnes tiveram uma elevação de 0,4% no mês e de 7,1% no comparativo anual, impulsionadas pela forte demanda global e restrições de produção nos principais países exportadores.
A carne suína teve uma diminuição nos preços devido à baixa demanda da União Europeia. Já os preços da carne de aves caíram pela oferta abundante do Brasil.
O açúcar teve declínio significativo, com preços 5,1% menores em dezembro, refletindo a maior produção brasileira e perspectivas promissoras para as colheitas no Brasil, Índia e Tailândia.