A análise da produtividade leiteira no Brasil em 2023 destaca diferenças importantes entre alta produtividade total e crescimento de eficiência individual. Embora os estados do Sul ainda liderem em produtividade consolidada, o Nordeste, especialmente Sergipe e Alagoas, tem demonstrado avanços notáveis, mesmo permanecendo abaixo dos níveis do Sul e Sudeste.
Produtividade por vaca: eficiência e crescimento
Sergipe registrou 3.200 litros/vaca/ano, um aumento de 7,46% em relação a 2022. Alagoas apresentou um crescimento ainda mais expressivo de 13,08%, atingindo 2.503 litros/vaca/ano. São Paulo, embora com leve queda no volume total, manteve produtividade acima de 2.500 litros/vaca/ano.
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Apesar desses avanços, os estados do Sul continuam com os maiores níveis de produtividade total, enquanto o Nordeste, embora crescente, ainda está em patamares inferiores.
Tecnologia no campo e modernização
A adoção de ordenha mecânica, manejo nutricional de precisão e controle de rebanho impulsionou o crescimento em Alagoas e Sergipe.
No entanto, Pernambuco, que ampliou o número de vacas ordenhadas em 21,15% (de 543
mil em 2022 para 658 mil em 2023), viu a produtividade cair 5,48%, indicando que o crescimento do rebanho não foi acompanhado por melhorias tecnológicas.
Produtividade total x Crescimento de eficiência
Alta produtividade total ainda é liderada pelo Sul e Sudeste, enquanto o Nordeste, embora crescendo em eficiência, permanece abaixo desses níveis. Alagoas, por exemplo, aumentou 13,08% na produtividade, mas teve uma
expansão modesta de 4,47% no número de vacas. Já Pernambuco, mesmo ampliando o rebanho em 21,15%, sofreu queda de 5,48% na eficiência individual.
Conclusão:
O desempenho de Sergipe e Alagoas mostra que o crescimento da eficiência pode ser positivo, mesmo em níveis inferiores, enquanto Pernambuco evidencia os desafios de expansão sem modernização adequada.
O Sul, por sua vez, mantém a maior produtividade consolidada no país.