No 4º trimestre de 2024, os produtos lácteos registraram aumento de preços na Bolsa Universal de Commodities da Bielorrússia (BUCE), impulsionados pela crescente demanda de compradores estrangeiros, conforme relatado pelo sb.by com referência à BUCE.
Em 2024, os exportadores bielorrussos venderam mais de 181 mil toneladas de produtos lácteos através da BUCE
Em 2024, os exportadores bielorrussos venderam mais de 181 mil toneladas de produtos lácteos através da BUCE.

No 4º trimestre de 2024, os produtos lácteos registraram aumento de preços na Bolsa Universal de Commodities da Bielorrússia (BUCE), impulsionados pela crescente demanda de compradores estrangeiros, conforme relatado pelo sb.by com referência à BUCE.

Em particular, a cotação de leite em pó desnatado (MPD) entre outubro e dezembro de 2024 aumentou 22%, chegando a 257 rublos russos por quilo para entregas na Rússia, e 12%, alcançando US$ 2,47 por quilo para vendas destinadas à União Econômica Eurasiática (UEEA), Comunidade dos Estados Independentes (CEI) e outros países.

Uma leve redução nos preços foi registrada apenas para a manteiga, devido ao aumento da concorrência no mercado russo — principal destino dos lácteos bielorrussos — que ampliou significativamente as importações do produto provenientes da Índia, Irã e Turquia, como estratégia para conter processos inflacionários.

Como resultado, no final de 2024, a cotação média ponderada para manteiga com 72,5% de gordura foi de 731 rublos russos por quilo, e para manteiga com 82,5% de gordura, 801 rublos russos por quilo.

“Os preços nos leilões da bolsa foram definidos de acordo com as condições de mercado e, na maioria dos casos, superaram os valores indicativos estabelecidos pelo grupo de trabalho do Ministério da Agricultura e Alimentação.

Em 2024, os exportadores bielorrussos venderam mais de 181 mil toneladas de produtos lácteos através da BUCE, um volume quase 9 vezes maior do que o registrado em 2023.

Entre os principais compradores estão países da CEI, Geórgia, China, Mongólia, Emirados Árabes Unidos, Sérvia, Cingapura e Turquia.

O Impacto para o Brasil

Embora o Brasil não seja um competidor direto no mercado de lácteos da Bielorrússia, o aumento das exportações bielorrussas para mercados chave pode afetar a dinâmica do comércio internacional, especialmente em países como China, Emirados Árabes Unidos e Turquia — todos destinos importantes para as exportações brasileiras de lácteos.

  1. Concorrência no Mercado Global: A ascensão de Bielorrússia como exportadora de lácteos pode gerar maior competição nos mercados em que o Brasil já tem presença, como a Rússia e os países da Ásia e do Oriente Médio. A necessidade de diversificação de mercados e o aumento de produção em mercados como a China podem pressionar os preços e a competitividade dos produtos lácteos brasileiros.
  2. Referências de Preços: O aumento de preços de leite em pó e manteiga na Bielorrússia serve como uma referência importante para o mercado global. Para o Brasil, esses aumentos podem impactar o planejamento de preços e as estratégias de exportação, oferecendo tanto oportunidades quanto desafios, dependendo da evolução da demanda internacional.
  3. Estratégias de Mercado: O aumento das importações de manteiga na Rússia vindas de Índia, Irã e Turquia pode abrir espaço para que o Brasil fortaleça sua presença nesses mercados. O país já possui uma boa posição como exportador de manteiga, e uma possível reconfiguração das importações no mercado russo pode representar uma oportunidade estratégica para os produtores brasileiros.
  4. Ferramentas de Comercialização: A BUCE tem se mostrado uma plataforma eficaz para as exportações da Bielorrússia. Para o Brasil, a criação ou aprimoramento de uma plataforma similar poderia otimizar a comercialização de produtos lácteos, principalmente em mercados emergentes. Estudar a experiência bielorrussa pode trazer insights valiosos sobre como potencializar a presença brasileira em mercados internacionais.

Conclusão

Embora a Bielorrússia não seja um competidor direto no mercado brasileiro, o crescimento de suas exportações de lácteos e a expansão de seus mercados de destino podem trazer reflexos no comércio global.

O Brasil, com sua robusta indústria láctea, deve acompanhar de perto essas mudanças para adaptar suas estratégias de produção e exportação, garantindo a competitividade frente a novos desafios e aproveitando as oportunidades que surgem no mercado internacional.

Com informações de www.sb.by 

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