A plataforma X ampliou o processo que acusa um boicote publicitário para incluir gigantes da indústria alimentícia, como Nestlé e Tyson Foods.
O caso, iniciado em agosto de 2024, agora também envolve Abbott Laboratories (fabricante de fórmulas infantis), além de empresas de outros setores, como Shell, Colgate-Palmolive, Lego e Pinterest.
Acusações contra a WFA e a GARM
A ação judicial alega que diversas companhias conspiraram com a World Federation of Advertisers (WFA) e sua afiliada, a Global Alliance for Responsible Media (GARM), para retirar anúncios da plataforma X após sua aquisição por Elon Musk em 2022.
Nos documentos apresentados ao tribunal no Texas, a X argumenta que a WFA organizou um boicote para forçar a rede social a seguir os padrões de segurança de marca da GARM.
“Em 2022, a WFA sabia que o Twitter era vulnerável a um boicote publicitário, pois 90% de sua receita vinha de anúncios. A WFA organizou esse boicote através da GARM para coagir a plataforma a aderir às suas diretrizes de segurança de marca”, aponta o processo.
Por outro lado, a GARM encerrou suas operações em agosto de 2024, alegando que as acusações drenaram seus recursos financeiros e causaram uma distração indesejada.
O impacto na publicidade da X
No documento do processo, a X detalha que o boicote teve um impacto severo na receita publicitária da plataforma. Entre novembro e dezembro de 2022, pelo menos 18 anunciantes membros da GARM pararam completamente de anunciar na plataforma. Outros reduziram seus investimentos em mais de 70% ao longo de 2023.
Além da Nestlé e da Tyson Foods, Unilever e Mars já haviam sido citadas no processo inicial. A Unilever, no entanto, chegou a um acordo com a X em outubro de 2024.
A reportagem tentou contato com a Mars para esclarecer sua posição atual sobre o caso.
