A falta de chuvas mais consistentes no Rio Grande do Sul aliado ao excessivo calor vem prejudicando a produção leiteira no Estado.
O clima desfavorável prejudica sobretudo a produção de alimento para o gado leiteiro. Lavouras de soja e milho das regiões oeste e noroeste do Rio Grande do Sul vêm sofrendo com graus extremos de calor e escassez de chuva, o que impacta nos custos de produção dos rebanhos.
O presidente da Associação dos Criadores de Gado Holandês do Rio Grande do Sul (Gadolando), Marcos Tang, explica que o clima excessivamente quente implica em maior custo, pois as vacas, ao sofrer esse estresse térmico, tendem a produzir menos e o gasto aumenta ainda mais com o necessário condicionamento destas vacas.
”Portanto, com custo de produção mais alto e produção mais baixa, fala-se em 600 mil, até 1 milhão de litros de leite a menos produzidos no Rio Grande do Sul, talvez chegando perto de 10% a menos de produção diária nestes dias de calor extremo”, estima.
“É comida de qualidade que precisamos e num volume grande. Isso tudo fica prejudicado quando você tem um clima que não favorece e ainda com pouca área irrigada no estado, principalmente na produção leiteira”, analisa.
Sendo assim, o presidente da Gadolando reafirma a preocupação com o quadro atual e espera que a chuva retorne ao Rio Grande do Sul em volume consistente para frear o ritmo de perdas na produção leiteira.
“E que as condições melhorem no sentido de diminuir esse estresse térmico e que possamos não ter grandes perdas na produção de milho, já que a silagem de milho é a principal fonte de alimento para as nossas vacas leiteiras”, conclui.