Vacas têm melhores amigas, e respeitar essa afinidade pode gerar leite mais nutritivo, segundo estudo da Universidade de Northampton, no Reino Unido.
A pesquisadora Krista McLennan monitorou batimentos cardíacos de vacas por 30 minutos, em situações distintas: quando estavam com suas amigas habituais (a “panelinha”) e quando separadas dessas companheiras.
Os resultados mostram que o estresse era significativamente menor quando os animais permaneciam com suas “melhores amigas”, enquanto a separação aumentava os níveis de tensão.
Esse impacto psicológico reflete diretamente na produção: vacas menos estressadas tendem a produzir leite de melhor qualidade.
Neste estudo, as vacas formaram pequenos grupos sociais estáveis — duplas ou trios com afinidade — e mostraram-se mais confortáveis quando mantidas juntas.
A separação desses grupos gerou reações físicas visíveis, como aumento dos batimentos cardíacos, sinal claro de estresse.
O objetivo de McLennan foi prático e direcionado ao setor agropecuário: incentivar fazendeiros e cuidadores a observarem os laços sociais entre bovinos e estruturarem a dinâmica diária respeitando essas preferências comportamentais.
A ideia é simples: ao manter juntas as vacas que já socializam, reduz-se o estresse e, consequentemente, melhora-se a qualidade do leite produzido.
Essa abordagem representa uma combinação de bem-estar animal e eficiência produtiva — um modelo inteligente para a pecuária moderna, que pode resultar em benefícios econômicos e de saúde, tanto para os animais quanto para os consumidores.
*Adaptado para eDairyNews, com informações de Diário do Litoral
