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26 out 2025
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Especialistas mostram que o consumo diário de leite, iogurte e queijo não aumenta risco cardiovascular, integral ou desnatado
🌎 Harvard esclarece: laticínios não elevam risco de doenças do coração; veja como consumir de forma equilibrada.
🌎 Harvard esclarece: laticínios não elevam risco de doenças do coração; veja como consumir de forma equilibrada.

O consumo de laticínios, seja leite integral ou desnatado, é muitas vezes motivo de confusão entre os brasileiros que buscam proteger a saúde cardiovascular.

A crença de que a versão com menos gordura seria mais saudável não encontra respaldo nas evidências científicas mais recentes.

Em um congresso internacional realizado em Amsterdã, especialistas em nutrição apresentaram dados que colocam em dúvida a diferenciação entre laticínios integrais e com baixo teor de gordura. Segundo a revisão de ensaios clínicos randomizados, não há diferenças significativas no impacto desses produtos sobre fatores de risco cardiometabólico, como colesterol, pressão arterial e glicemia.

“Não existe base científica suficiente para manter a recomendação de escolher leite desnatado em vez do integral, tanto para adultos quanto para crianças”, afirmam os pesquisadores. O foco, segundo eles, deveria estar na redução de alimentos ultraprocessados, ricos em calorias vazias e pobres em nutrientes, que são os verdadeiros vilões das dietas ocidentais modernas.

Além disso, os laticínios continuam sendo recomendados para adultos mais velhos, principalmente por seus potenciais benefícios à saúde óssea e à regulação da pressão arterial.

Portanto, optar por leite, iogurte e queijo de forma moderada pode integrar uma dieta saudável sem aumentar o risco de doenças do coração.

O professor Walter Willett, renomado epidemiologista e nutricionista de Harvard, compartilhou no Washington Post seis recomendações práticas para quem deseja incluir produtos lácteos em sua rotina:

  1. Prefira gorduras vegetais insaturadas: Óleos de soja, canola ou azeite de oliva são melhores para a saúde a longo prazo do que as gorduras lácteas.
  2. Produtos fermentados são aliados: Iogurte e queijo podem ser opções favoráveis dentro da categoria de laticínios.
  3. Moderação é essencial: A quantidade importa mais do que o tipo de gordura.
  4. Escolha com sabedoria o laticínio com baixo teor de gordura: Substituir a gordura por açúcares ou amidos refinados não traz benefícios.
  5. Conheça o teor de gordura: Leite integral tem 3,25% ou mais, o baixo teor varia entre 1% e 2%, e o desnatado possui cerca de 0,5%. Todos contêm os mesmos nutrientes, vitaminas e minerais.

 

Essas recomendações mostram que a escolha entre leite integral ou desnatado deve considerar hábitos alimentares gerais, equilíbrio nutricional e preferências pessoais, e não apenas a suposta proteção contra doenças do coração.

No contexto brasileiro, onde a produção de leite alcança mais de 35 bilhões de litros por ano, essas informações ajudam produtores, indústrias e consumidores a compreender que os laticínios podem ser parte de uma alimentação equilibrada sem comprometer a saúde cardiovascular.

Além disso, o consumo consciente de laticínios contribui para a manutenção de tradições locais e para a valorização de marcas históricas de leite e queijo espalhadas pelo país.

Em resumo, o que Harvard reforça é: não existe uma versão “certa” ou “errada” de leite, mas sim escolhas equilibradas, moderação e atenção à composição global da dieta. O coração agradece, e o paladar também.

*Escrito para o eDairyNews, com informações de El Debate

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