ESPMEXENGBRAIND
2 dez 2025
ESPMEXENGBRAIND
2 dez 2025
As exportações lácteas chilenas chegaram a 400,8 milhões de litros e registraram o maior volume em cinco anos, impulsionadas por condensado e LPE 📊
s exportações de lácteos do Chile aceleraram até outubro, com destaque para condensado, LPE e Gouda, segundo monitoramento da Fedeleche. 🧀
s exportações de lácteos do Chile aceleraram até outubro, com destaque para condensado, LPE e Gouda, segundo monitoramento da Fedeleche 🧀

As exportações de lácteos do Chile fecharam os dez primeiros meses de 2025 com um dinamismo acima do esperado, consolidando a recuperação da indústria e ampliando a presença do país em mercados estratégicos.

Levantamento divulgado pela Federação Nacional de Produtores de Leite (Fedeleche) apontou que os embarques de leite equivalente somaram 400,8 milhões de litros entre janeiro e outubro, um crescimento de 22,3% frente ao mesmo período do ano anterior. De acordo com a entidade, trata-se do maior volume registrado nos últimos cinco anos, um desempenho que reflete tanto a reconfiguração do mix exportador quanto o apetite internacional por categorias de maior valor agregado.

Especialistas consultados pela Fedeleche destacam que o avanço está diretamente ligado ao impulso de dois segmentos tradicionalmente fortes na pauta chilena: a leite condensada e a Leite em Pó Integral (LPE). Somadas, essas categorias responderam por mais da metade do volume exportado no período e sustentaram o salto anual, num contexto de demanda firme na América Latina e em mercados de alta renda.

A leite condensada se manteve como o carro-chefe, representando 26,4% do total exportado. No período, o Chile embarcou 30.340 toneladas, número que significou uma expansão de 29,0% frente ao acumulado de 2024. Segundo fontes do setor, a competitividade da indústria chilena nesse produto é resultado de plantas altamente especializadas e relações comerciais consolidadas, especialmente com os Estados Unidos, que absorveram 63,4% dos envios. Em seguida, apareceu o mercado peruano, com 15,4% das compras.

Já a LPE foi o destaque em termos de crescimento, registrando uma alta expressiva de 124,9%, com 16.059 toneladas exportadas e participação de 25,6% no total. Essa expansão, segundo analistas de comércio exterior, vinha sendo construída desde o fim de 2024, quando o país passou a direcionar mais produto para destinos sul-americanos. O Brasil liderou as compras, respondendo por 36,6% das aquisições, seguido pela Colômbia (26,7%), Cuba (10,5%) e México (10,4%). A dependência desses mercados reforça, de acordo com a Fedeleche, a importância da competitividade logística chilena no Cone Sul.

Outro item que ganhou impulso no portfólio foi o queijo Gouda, que registrou crescimento de 38,9% e alcançou 8.658 toneladas exportadas. A expansão foi atribuída ao fortalecimento das relações comerciais com o México, destino de 82,7% das vendas, além do aumento da presença do produto no Japão (7,7%) e na Coreia do Sul (6,8%). Executivos do setor apontam que o Gouda chileno se beneficia de padrões sanitários considerados rigorosos e de um posicionamento de preço competitivo em relação a outros fornecedores globais.

As preparações infantis, outro segmento sensível e de alto valor, também mostraram trajetória positiva. As exportações cresceram 31,6%, totalizando 4.054 toneladas entre janeiro e outubro. O mercado segue bastante diversificado, com Guatemala (14,4%), Estados Unidos (12,6%), Brasil (12,4%), Nicarágua (9,8%), Equador (9,0%), Honduras (8,7%), Canadá (6,8%) e Panamá (5,1%) compondo o grupo de maiores compradores. Para técnicos do setor, essa pulverização indica que a indústria chilena conseguiu manter padrões de formulação e rastreabilidade apreciados por sistemas regulatórios exigentes.

A Fedeleche destacou que o monitoramento internacional tem como objetivo fornecer aos produtores e à cadeia industrial elementos estratégicos para compreender a evolução do mercado global, especialmente em um período de ajustes de oferta em vários países exportadores. O desempenho de 2025, de acordo com a entidade, sugere que o Chile manteve uma posição competitiva diante de oscilações de preços internacionais e de uma demanda relativamente estável nas categorias de maior valor.

No entanto, analistas afirmam que, apesar do otimismo, o setor deve seguir atento ao cenário global, marcado por projeções de desaceleração econômica e por eventuais ajustes nos preços internacionais das commodities lácteas. Mesmo assim, o crescimento observado até outubro reforça a capacidade da indústria chilena de responder rapidamente às oportunidades externas, apoiada em tecnologia, certificações e acesso a mercados diversificados.

Com o avanço expressivo das exportações em 2025, o Chile consolida sua presença em nichos estratégicos e mantém a trajetória de expansão, numa temporada que já fica registrada como a mais vigorosa dos últimos cinco anos para o setor lácteo.

*Escrito para o eDairyNews, com informações de EDairyNews Español

Te puede interesar

Notas Relacionadas