Os preços do leite pagos ao produtor rural registraram o segundo recuo consecutivo em função ao aumento na produção nas bacias leiteiras no Sul do País. A queda nas cotações foi de 1,6% referente ao pagamento realizado em agosto em que preços estão ao redor de R$ 1,204 por litro e valores médios com as bonificações por qualidade foi cotado ao redor de R$1,565 por litro.
De acordo com o Zootecnista da Scot Consultoria, Rafael Ribeiro de Lima, o recuo foi mais fraco em relação aos 4,1% de queda do pagamento de julho. “O principal motivo dessa queda nos preços é aumento na produção do leite que vem crescendo desde maio, na qual o volume captado teve mais força no sul do País”, comenta.
Com relação ao volume captado em agosto, o Zootecnista salienta que o incremento ficou em torno de 0,7% frente ao percentual volume registrado em julho. “Apesar desses incrementos nos últimos meses, o percentual está menor se comparado com o mesmo período do ano anterior”, pontua.
A produção no Rio Grande do Sul está aumentando em função das pastagens de inverno, mas que a tendência é que reduza essa condição com a entrada do plantio de grãos. “As pastagens de inverno ajudam na engorda de animais e na produção de leite. Historicamente em agosto, observamos um pico de produção no Rio Grande do Sul e a tendência é essa produção se estabilizar com a entrada da safra da soja 2019/20”, conta.
No final de julho, o Ministério da Agricultura informou que a China abriu mercado para os derivados de leite, como leite em pó, queijo e iogurte do Brasil. Diante disso, as expectativas são muito positivas que vai ajudar a aliviar o setor. “O mercado asiático é bastante promissor para as exportações brasileiras de queijo e devemos registrar alguns embarques ainda neste ano”, ressalta.