De acordo com o presidente do Sindicato das Indústrias de Laticínios (Sindlat), Leonir Chaves, em Mato Grosso existem 40 laticínios, entre pequenas, medias e grandes empresas. Juntos, eles compram o leite produzio por mais de 35 mil produtores rurais.
“A maioria dos nossos clientes fecharam. Os distribuidores que não fecharam, não tem pra quem vender, já que os restaurantes, mercados, pizzarias e outros estabelecimentos estão fechados”, afirma.
Uma cooperativa em Araputanga, no noroeste do estado, reúne 900 criadores. Os estoques também ficaram cheios. A empresa recolhe diariamente 125 mil litros de leite e a produção não foi interrompida.
No campo, a lida com as vacas não parou.
Outra situação que comprometeu o campo foi a redução de caminhões nas estradas.
“Nos últimos dias os produtores passaram por momentos de apreensão, devido a incerteza da chegada dos produtos. Muitos produtores estão aplicando fungicida nas suas lavouras de milho e precisam do produto”, explica Lucas Costa, diretor da Aprosoja.
Em algumas regiões, como no leste do estado , os produtores ainda colhem a soja. Alem disso os insumos nas fazendas chegam de caminhão.
De acordo com o Instituto Matogrossense de Economia Agropecuária (Imea) a cotação média da soja, durante a semana, chegou a R$ 83 no estado.