A iniciativa, chamada de intercooperação, permite melhorar a qualidade dos produtos e aumentar a rentabilidade para os cooperados, além de impulsionar o desenvolvimento econômico da região.

 A iniciativa, chamada de intercooperação, permite melhorar a qualidade dos produtos e aumentar a rentabilidade para os cooperados, além de impulsionar o desenvolvimento econômico da região.

Para ganhar mais espaço no mercado e aumentar a produtividade, cooperativas brasileiras com interesses e afinidades em comum vêm formando parcerias estratégicas. A iniciativa, chamada de intercooperação, permite melhorar a qualidade dos produtos e aumentar a rentabilidade para os cooperados, além de impulsionar o desenvolvimento econômico da região. No Paraná, um exemplo é a Unium, fruto da união das cooperativas Frísia, Castrolanda e Capal.

Diferença – Na prática, a união faz a diferença no dia a dia dos produtores, que já destacam as mudanças. Para Armando Rabbers, cooperado da Castrolanda, em Castro, o cooperativismo garante a possibilidade de um produtor individual competir com os grandes players no mercado. “O pequeno produtor não tem como concorrer. Como cooperativa, formamos uma grande organização e toda a produção é vendida diretamente para a indústria”, explica.

Rabbers, que é produtor de leite, suínos e grãos, também ressalta a facilidade de comprar os insumos necessários para o seu dia a dia na própria cooperativa e poder negociar sua produção localmente, sem perder no faturamento. “O produto final sai ganhando, principalmente na questão da qualidade. Hoje somos tão eficientes quanto o mercado europeu. Além disso, as grandes empresas com sede no Brasil também procuram o nosso produto”, afirma.

Com pouco menos de três anos de atividade, a marca institucional aumentou o faturamento conjunto em 21,6% em 2019, o que gerou também resultado aos cooperados, com aumento de 7,9% no faturamento individual. O resultado mais evidente é a qualidade do produto, que tem o envolvimento de todas as etapas de produção cooperadas, sem perder a identidade de cada cooperativa. “Nós percebemos que tínhamos que industrializar para avançar na cadeia de negócios, mas queríamos manter a identidade de cada cooperativa, e suas respectivas independências”, relembra o diretor presidente da Castrolanda, Willem Berend Bouwman.

Desde a criação, a Unium também conquistou resultados mais expressivos de produção. Diariamente, são processados 3,4 milhões de litros de leite e o volume de carne suína produzida ultrapassa 113 mil toneladas ao ano, além de mais de 129 mil toneladas de trigo processadas (dados de 2019). O doutor em engenharia de produção, Gabriel Sperandio Milan, explica que esses resultados vêm a partir dos processos internos adotados no intercooperativismo, como o estímulo à troca de informações técnicas e de mercado, o aprendizado proveniente da interação com os parceiros de negócio, os investimentos em inovação e a evolução nos modelos de gestão das cooperativas.

Marca institucional das indústrias das cooperativas Frísia, Castrolanda e Capal, a Unium representa os projetos em que as cooperativas paranaenses atuam em parceria. Todas as marcas reunidas pela Unium, inclusive a Alegra, são reconhecidas pela qualidade e excelência. A Unium também conta com três marcas de lácteos: Naturalle – de produtos livres de aditivos -, Colônia Holandesa e Colaso. No setor de grãos, a Unium conta com a marca Herança Holandesa – farinha de trigo produzida em uma unidade totalmente adequada à ISO 22000, o que a qualifica com elevados padrões de exigência.

 

Bryce Cunningham, um produtor de leite escocês, proprietário de uma fazenda orgânica em Ayrshire (Escócia), lançou um produto lácteo para agregar valor ao leite de sua fazenda, que é um produto de ótima qualidade, sem aditivos, e é um exemplo de economia circular.

Você pode estar interessado em

Notas
Relacionadas

Mais Lidos

Destaques

Súmate a

Siga-nos

ASSINE NOSSO NEWSLETTER