O Estado do Paraná possui participação relevante no comércio internacional brasileiro, ocupando a quarta posição no ranking nacional de exportação e importação

Paraná é destaque em ranking nacional de exportação e importaçãoO Estado do Paraná possui participação relevante no comércio internacional brasileiro, ocupando a quarta posição no ranking nacional de exportação e importação, apontou um estudo desenvolvido por professores do departamento de Economia da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG). O estado fica atrás apenas de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro.

A pesquisa compõe um grupo de três diagnósticos elaborados pelas universidades estaduais do Paraná com o objetivo de auxiliar o Governo do Estado no processo de retomada econômica. Os dados da pesquisa compreendem o período de 2015 a 2019, e foram extraídos do Comex Stat, base de dados mantida pelo Ministério da Economia.

Segundo o professor da UEPG e autor da pesquisa, Alex Sander Souza do Carmo as informações ajudam no fortalecimento de novas políticas industriais em áreas que o Paraná já possui vantagem competitiva. “O objetivo é induzir estratégias de desenvolvimento a médio e longo prazo que fortaleça nossa pauta exportadora, resultando em produtos tecnológicos com maior valor agregado. Isso contribui para potencializar o desenvolvimento do Estado”.

INSERÇÃO INTERNACIONAL – O conceito de inserção internacional é medido pela forma como um estado se relaciona com outros países, por meio de exportações e importações de produtos. A pesquisa traçou um comparativo entre Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e São Paulo.

O Paraná, no período analisado, esteve à frente do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina na participação relativa das exportações, perdendo apenas para São Paulo, o maior exportador do país. Na classificação nacional, o Paraná aparece como o quarto maior exportador do país.

“Nossa estrutura de exportação é baseada em produtos do reino vegetal, animais vivos e produtos do reino animal. Já as importações estão nas seções mais complexas, como produtos das indústrias químicas, máquinas e aparelhos, além de materiais elétricos e suas partes”, destacou o pesquisador.

Para obter maiores taxas de crescimento econômico é preciso exportar produtos de maior complexidade tecnológica, ressalta o professor. “O objetivo é que a médio e longo prazo o Paraná exporte, principalmente, mais produtos de média e alta tecnologia. Para isso, precisamos incentivar a formação de empresas desses ramos produtivos por meio de políticas de inovação tecnológica”.

Produtos como a seda, produtos da indústria de moagem, fertilizantes, madeira, carvão vegetal, papel e cartão, produtos hortícolas, plantas, raízes e tubérculos, pólvoras e explosivos, chapéus e artefatos de uso semelhante, gorduras e óleos animais ou vegetais, leite e lacticínios apresentaram vantagem comparativa segundo a pesquisa.

“A vantagem comparativa é um índice que mostra em quais produtos o estado é competitivo. Ou seja, são produtos que o peso na pauta de exportação do Paraná é maior do que o peso desse produto na pauta de exportação do Brasil. Esse índice também pode nortear a construção de novas parcerias e o fortalecimento dessas áreas”, explicou o pesquisador da UEPG.

VORTEC PARANÁ – Buscando auxiliar o Governo do Estado na geração e transferência de novas tecnologias para o setor produtivo, a Superintendência Geral de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti) está elaborando o programa Vocações Tecnológicas do Paraná (VORTECH).

A proposta faz parte da Política Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação e pretende identificar e fomentar o desenvolvimento científico, tecnológico e de inovação voltados às vocações de produtos e serviços específicos de cada uma das diferentes regiões do Estado. O programa tem o potencial de alcançar os 399 municípios do Paraná e criar cerca de 250 novos negócios por ano.

Entre as ações que serão desenvolvidas estão a geração e transferência de conhecimento para o setor produtivo, a qualificação de mão-de-obra e o intercâmbio entre pesquisadores e empresas em feiras de exposição, seminários e simpósios especializados.

“As universidades estaduais irão atuar diretamente na produção de diagnósticos das potencialidades e demandas regionais, com foco na qualificação de mão de obra. Vamos criar uma conexão entre as instituições de ensino superior, ciência e tecnologia com as empresas de todo o Estado”, destacou o coordenador de Ciência e Tecnologia da Seti, Paulo Parreira.

Para acessar o estudo completo, clique aqui.

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