Segundo dados divulgados nessa terça-feira (06/10) pela Secretaria de Comércio Exterior (SECEX), as importações brasileiras de derivados lácteos apresentaram, novamente, um aumento significativo  no mês de setembro, atingindo o maior patamar desde setembro/16.

Segundo dados divulgados nessa terça-feira (06/10) pela Secretaria de Comércio Exterior (SECEX), as importações brasileiras de derivados lácteos apresentaram, novamente, um aumento significativo  no mês de setembro, atingindo o maior patamar desde setembro/16.

No total, foram cerca de 184 milhões de litros de leite equivalente internalizados no mês, o que representa um aumento de 31% em relação ao volume do mês anterior e de 81% em relação a setembro/2019. Em relação às exportações, o volume foi de 8,4 milhões de litros, uma retração de 5% em relação a agosto/20; ao compararmos esse valor com o mesmo mês no ano passado, houve um aumento de 49%. Dessa forma, o saldo da balança comercial de lácteos foi de -176 milhões de litros (em equivalente leite), um aumento de 34% no déficit quando comparado a agosto/20 e de 83% em relação a setembro/19. Assim como nas importações, esse saldo é o menor (mais negativo) em quatro anos.

Gráfico 1. Saldo da balança comercial brasileira de lácteos, 2017 a 2020.

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Fonte: Elaborado pelo MilkPoint a partir dos dados do COMEXSTAT

As importações têm apresentado volumes crescentes desde julho/20, resultado de um cenário de baixos estoques de derivados lácteos na indústria e de uma demanda final até então aquecida. Além disso, o cenário de preços dos produtos nacionais em forte elevação a partir de julho estimulou a entrada de importados, dado que os valores destes produtos, mesmo com os altos patamares do dólar, ainda são competitivos no mercado nacional – este efeito inclusive deve ter impactado as negociações dos derivados lácteos nas últimas semanas, nas quais foram observadas quedas, notadamente para o leite UHT e para a muçarela.

Por exemplo, ao considerarmos o preço médio do leite em pó integral importado em setembro (US$ 3.024/ton) no Brasil e a taxa de câmbio média do mês (R$ 5,40), é possível chegar ao preço médio do leite importado equivalente leite fresco aqui no Brasil de R$ 1,94 por litro – competitivo em relação aos valores praticados pelo leite no mercado interno. Vale destacar que cerca de 94% do total de volume importado pelo Brasil teve origem da Argentina e Uruguai.

Entre os derivados de leite comprados pelo Brasil, o leite em pó integral, queijos e leite em pó desnatado são aqueles com maior participação na pauta importadora. Estes produtos apresentaram aumento de volume em comparação com o mês anterior: 24% e 38% e 46%, respectivamente.

Em relação às exportações, os produtos que têm maior participação no volume total exportado são o leite condensado e cremes de leite, que juntos, representam 58% da pauta exportadora. A retração de volume foi de cerca de 20% para cremes de leite e 5% para o leite condensado. Embora o volume vendido no comércio internacional venha se reduzindo desde julho/20, ao considerarmos o total acumulado no ano e compararmos com o ano anterior, temos, ainda, um aumento expressivo de 45%.

Na tabela 2, é possível observar as movimentações do comércio internacional de lácteos no mês de setembro deste ano.

Tabela 2. Balança comercial láctea em setembro de 2020.

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Bryce Cunningham, um produtor de leite escocês, proprietário de uma fazenda orgânica em Ayrshire (Escócia), lançou um produto lácteo para agregar valor ao leite de sua fazenda, que é um produto de ótima qualidade, sem aditivos, e é um exemplo de economia circular.

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