O faturamento derivado das exportações uruguaias de lácteos acumuladas nos primeiros nove meses de 2020 aumentou 3% em relação ao mesmo período de 2019, o que é explicado pelos maiores volumes colocados em leite em pó integral e queijos, apesar da piora na renda do leite em pó desnatado (volumes menores) e da manteiga (com preços menores).
A medida foi apurada pelos técnicos do Instituto Nacional do Leite (Inale), que relataram que pelo conjunto de itens – leite em pó integral, leite em pó desnatado, queijos e manteiga – no período janeiro-setembro deste ano foi exportado por US$ 475,7 milhões (com base em dados da Direcção Nacional das Alfândegas).
Se compararmos os primeiros nove meses de 2020 com o mesmo período de 2019, as exportações de leite em pó integral medidas em dólares cresceram 10%, as de leite em pó desnatado caíram 25%, as de queijo aumentaram 2% e as de manteiga caíram 38%.
Se a leitura for feita com base no volume exportado (nos nove meses deste ano foram atingidas 141.309 toneladas considerando todos os itens), houve aumento de 10% no leite em pó integral, queda de 35% no leite em pó desnatado, um aumento de 6% nos queijos e uma queda de 6% na manteiga, sempre comparando os primeiros nove meses de 2020 e 2019.
O leite em pó integral continua sendo, de longe, o produto mais exportado: 106.319 toneladas até agora neste ano, ou seja, 75,23% do total embarcado, gerando receita de US$ 325,4 milhões, 68,40% do total obtido com as exportações de lácteos.
Em relação aos preços médios alcançados, sempre com base na comparação desses dois períodos, não houve variação para o leite em pó integral, houve aumento de 16% no leite em pó desnatado, queda de 4% nos queijos e queda de 34% na manteiga.
Por fim, considerando o mais recente, ou seja, exclusivamente o ocorrido com os negócios correspondentes a setembro de 2020, os preços médios foram: US$ 3.005 por tonelada de leite em pó integral, US$ 2.604 de leite em pó desnatado, US$ 3.958 por queijo e US$ 3.200 pela tonelada de manteiga.