O aumento da produtividade nas fazendas leiteiras é essencial para melhorar a margem de lucro, que é bem ajustada no setor.

O aumento da produtividade nas fazendas leiteiras é essencial para melhorar a margem de lucro, que é bem ajustada no setor. Em 2020, mesmo com a pandemia, produtores conseguiram avançar no ganho da produtividade, o que foi extremamente positivo, já que os custos de produção subiram significativamente. De acordo com o Índice Ideagri do Leite Brasileiro (IILB), a produção de leite por matriz dos rebanhos de 615 fazendas profissionais avaliadas pelo programa cresceu 4,7% entre outubro de 2019 e setembro de 2020. No mesmo período, a produção de leite nas 440 fazendas profissionais mineiras avaliadas pelo IILB avançou 4,6%.

De acordo com a cofundadora da Ideagri e organizadora do IILB, Heloise Duarte, o aumento da produtividade foi muito importante e ainda há espaço para novas altas.

“As fazendas responderam bem e, na média, tiveram um aumento da produção próximo a 5%. Os ganhos em produtividade são importantes porque a margem da atividade não é muito grande. Sabemos que a diferença de custo para manter uma vaca que aumenta a produção de 23 quilos para 24 quilos é muito pequena. Então, o que puder ganhar mais na produtividade por animal é muito importante para o resultado final”.

Ainda segundo os dados do Índice Ideagri, nas 615 fazendas avaliadas no País e que vêm sendo mapeadas desde 2018, a produção cresceu 1,1 quilo de leite por vaca por dia, alcançando 24,4 kg/vaca/dia, contra uma produção média de 23,3 kg/vaca/dia nos 12 meses anteriores.

Nas fazendas de Minas Gerais, o ganho também foi de 1,1 quilo de leite por vaca por dia, alcançando 24,5 kg/vaca/dia, contra uma produção média de 23,4 kg/vaca/dia nos 12 meses anteriores.

Segundo Heloise, nas 440 fazendas mineiras avaliadas, por exemplo, enquanto a produção total de leite (soma das produções diárias de todas as fazendas) cresceu 8,7%, passando de 1.820.963 quilos por dia para 1.980.112 quilos por dia, o número de matrizes em lactação aumentou apenas 3,5%, passando de cerca de 73.800 para 76.400 animais.

Boa gestão – As fazendas avaliadas são profissionais e uma boa gestão é considerada muito importante na pecuária, assim como em todos os setores. Heloise explica que o produtor não consegue controlar os preços dos insumos que está comprando e nem influenciar os preços de venda do leite. A única forma que ele tem de interferir no processo é tornar a produção mais eficiente.

“A eficiência é importante para um mercado que oscila tanto, como o do leite. Em 2020, tivemos períodos de queda do consumo, logo no início da pandemia, mas, com o pagamento do auxílio emergencial, houve uma recuperação importante da demanda e dos preços. Ao mesmo tempo, os custos também subiram. A gestão é importante para que o produtor consiga garantir margem mesmo com as oscilações do mercado”, afirma.

Apesar da alta verificada no estudo, a produtividade do rebanho nacional e do mineiro pode ser ampliada. Segundo o levantamento, no total, o IILB-8 avaliou 1.018 fazendas de todo o Brasil e, entre estas, selecionou as campeãs de produtividade.

“São as chamadas Top 10%, que produzem hoje 18,5% a mais por matriz que a média dos rebanhos avaliados: 29,4 kg/vaca/dia contra 24,8 kg/vaca/dia”.

Entre as ações que podem favorecer o ganho de produtividade estão, por exemplo, o correto controle de desenvolvimento de bezerras até a desmama, que pode aumentar a produção na primeira lactação em 17% e impactar positivamente as lactações posteriores. Outro dado mostra que 15% das bezerras brasileiras morrem antes de completar um ano de vida devido a problemas, muitas vezes, manejáveis.

Consumidores brasileiros têm se surpreendido com a alteração do nome do queijo nas embalagens. Essa mudança foi definida em um acordo entre União Europeia e Mercosul.

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