Diversos fatores contribuem para o aumento, como as condições climáticas, a alta do preço dos insumos e até a pandemia do novo coronavírus
O consumidor já percebeu que, há algum tempo, os preços do leite e seus derivados, como queijo, manteiga e iogurte, estão nas alturas. Diversos fatores contribuem para estes aumentos, como as condições climáticas, a alta do preço dos insumos e até a pandemia do novo coronavírus.
De acordo com o produtor de leite Ricardo Godinho, alguns insumos chegaram a ficar até 200% mais caro.
“O produtor teve um aumento que chega a 150%, 200% em alguns produtos significativos utilizados na alimentação animal. Por exemplo, a luva que se usa na ordenha antes saía por R$ 10 e hoje sai até por R$ 105”.
Entretanto, o analista de negócios da Federação da Agricultura e Pecuária de Minas Gerais (Faemg) o Walisson Lara explica que a alta no preço do leite e derivados vai além da alta dos insumos. Já que “o setor produtivo foi afetado ao longo do ano pelas condições climáticas adversas e o alto custo de produção, principalmente puxados pelos concentrados energéticos e proteicos”.
Uma pesquisa promovida pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da USP, concluiu que os preços do leite e seus derivados vão continuar alto neste primeiro trimestre de 2021.
Segundo o analista de negócios, a vacinação contra a covid-19 é a esperança para que os valores voltem a cair.
“O período sazonal para produção de leite na região Sudeste, aliada ao início da vacinação contra a covid-19, que promove a reabertura do comércio e acelera o setor de serviço, são fatores preponderantes para que a gente mantenha o consumo estabilizado e a oferta constante de leite. A gente está muito esperançoso para 2021”, finaliza.