Em Santa Catarina, além da estiagem prolongada, a cigarrinha-do-milho contribui para a quebra de pelo menos 20% na safra de milho.

Em Santa Catarina, além da estiagem prolongada, a cigarrinha-do-milho contribui para a quebra de pelo menos 20% na safra de milho.

A alta dos custos de produção de leite no Sul do País, principalmente o milho, motivou reunião online da Aliança Láctea Sul-Brasileira, informou em nota a Secretaria da Agricultura, da Pesca e do Desenvolvimento Rural de Santa Catarina.

“Além da diminuição do consumo interno, os produtores enfrentam a preocupação com a quebra na safra de milho e os preços elevados do insumo”, cita a pasta na nota, acrescentando que lideranças do setor dos Estados de Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul participaram do encontro virtual, realizado ontem.

Em Santa Catarina, além da estiagem prolongada, a cigarrinha-do-milho contribui para a quebra de pelo menos 20% na safra de milho. Desta forma, o Estado deve colher 2,2 milhões de toneladas e importar mais de 5 milhões de toneladas do grão este ano, o que deve levar o produtor a buscar insumos alternativos, conforme o secretário da Agricultura catarinense, Altair Silva. Segundo ele, Santa Catarina se mobiliza para produzir cereais de inverno para esta finalidade.

Também no Rio Grande do Sul a alternativa está sendo levada em consideração. Conforme o presidente da Federação da Agricultura do Estado (Farsul), Gedeão Silveira Pereira, o Estado destina apenas 1,5 milhão de hectares para a produção de trigo em comparação com 7,8 milhões de hectares de soja.

Já o Paraná, que era autossuficiente em milho, espera quebra na safra causada por questões climáticas e sanitárias. “Neste ano esperávamos um crescimento na produção de proteína animal, mas a capacidade de suprir as nossas cadeias produtivas está curta”, afirma o secretário estadual da Agricultura e do Abastecimento (Seab), Norberto Ortigara.

No encontro, o chefe-geral da Embrapa Gado de Leite, Paulo do Carmo Martins, citou que entre os principais desafios para a pecuária leiteira no País estão os preços pouco competitivos, a qualidade da matéria-prima, a carência de políticas públicas direcionadas ao setor e a baixa coordenação da cadeia produtiva, embora investimentos em tecnologia e produtividade tenham sido crescentes no setor.

Bryce Cunningham, um produtor de leite escocês, proprietário de uma fazenda orgânica em Ayrshire (Escócia), lançou um produto lácteo para agregar valor ao leite de sua fazenda, que é um produto de ótima qualidade, sem aditivos, e é um exemplo de economia circular.

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