Resolução da Anvisa pede que informações relevantes sejam claramente incluídas nos rótulos.
Fonte: Macalé

No último dia 20 a Agência Nacional de Vigilância Sanitária(Anvisa) publicou a Resolução 3.980 que autoriza a inclusão no rótulo das embalagens de leite A2 a frase “Leite produzido a partir de vacas com genótipo A2A2”. A Anvisa também autorizou alegação de funcionalidade com a frase: “O leite A2 não promove a formação de BCM-7 (betacasomorfina-7), que pode causar desconforto digestivo”. Dessa forma, alguns consumidores que eventualmente experimentem desconforto com a digestão incompleta da caseína agora têm a informação clara e disponível nas embalagens, como ocorre em outros países.

“Essa informação no rótulo é extremamente importante pois representa o reconhecimento da Anvisa às qualidades digestivas do leite A2 e esclarece os consumidores, que agora encontram no rótulo uma informação oficial sobre os benefícios do produto A2”, ressalta Geraldo Borges, presidente da Abraleite.

Segundo Roberto Jank Jr., vice-presidente da entidade e coordenador da comissão da entidade sobre leite A2, a publicação da Anvisa é aguardada há anos com grande expectativa. “Em outubro de 2019, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento autorizou os produtores de leite A2 a usar a expressão ‘leite de vacas A2A2’, porém faltava a informação oficial da Anvisa especificamente sobre o leite, que é essencial para os consumidores”.

Pela medida a legislação brasileira atinge, agora, o padrão de países líderes, como Estados Unidos, Alemanha e China, em relação ao leite A2. “O leite A2 tem a mesma betacaseína do leite materno, o que facilita a adaptação das crianças na transição do leite da mãe para o leite de vaca”, informa Jank.

O leite comum possui uma mistura das proteínas A1 e A2. Já o A2 é proveniente somente de vacas que produzem naturalmente apenas a proteína A2, o que pode diminuir o desconforto de algumas pessoas sensíveis à proteína Beta-caseína A1, tanto que, além de ser utilizado em dietas com restrição a proteínas específicas da bebida, pode ser opção para intolerantes à lactose. Atualmente, há no país 20 propriedades que produzem leite A2, um total de 35 milhões de litros por ano. Isso ainda é menos de 1% da produção total de leite do Brasil

Bryce Cunningham, um produtor de leite escocês, proprietário de uma fazenda orgânica em Ayrshire (Escócia), lançou um produto lácteo para agregar valor ao leite de sua fazenda, que é um produto de ótima qualidade, sem aditivos, e é um exemplo de economia circular.

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