A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga possíveis infrações de ordem econômica na cadeia produtiva do leite e seus derivados em Mato Grosso ouviu, nesta quarta-feira (25), o superintendente do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea), Cleiton Gauer, o presidente da Associação dos Produtores de Leite do Estado de Mato Grosso (Aproleite-MT), Dolor Vilela de Figueiredo Neto e o representante Laticínio Cajes, Carlos Eterno de Jesus.
De acordo com o presidente da CPI, deputado Gilberto Cattani (PL), a comissão está buscando ouvir todos os setores da cadeia leiteira para identificar o motivo de o produtor de leite, em especial o pequeno, possa ter uma remuneração maior do que a de seu custo.
“Estamos buscando o entendimento entre a indústria e o produtor para que possamos chegar a um determinador comum, que é um preço em que o produtor possa sobreviver do leite. Hoje ouvimos a Cajes que é a indústria, tivemos o Imea que está fazendo o estudo para criação do índice do Leite Cru e Aproleite, que é uma associação de Produtores. Estamos ouvindo todos os setores para chegarmos ao grande sonho que é de chegar a um preço justo para o produtor”, explicou o parlamentar.
Em suas oitivas, os representantes do Imea, da Aproleite e do Laticínio Cajes trouxeram números do período difícil da produção de leite nos últimos anos e elogiaram medidas já apresentadas na Assembleia Legislativa, como o projeto de lei nº 80/2022, de autoria do próprio deputado Gilberto Cattani, que torna obrigatória a inclusão do leite no cardápio da alimentação escolar da rede estadual de educação do estado.
“Estamos vindo de duas secas prolongadas e com a alta nos insumos, é difícil para o produtor fazer frente para tudo isso. O deputado está ajudando com projetos de lei para incluir o leite na merenda escolar e isso com certeza ajuda muito, disse o presidente do Imea, Dolor Vilela Figueiredo Neto.
A CPI terá na próxima segunda-feira (30) uma nova reunião externa, desta vez no município de Terra Nova do Norte, às 14h, na Câmara Municipal.
“Temos seis reuniões externas. A primeira foi em Campinápolis, à segunda é no próximo dia 30, em Terra Nova do Norte. Estamos indo de encontro ao produtor. Essas reuniões servem para que o produtor que não está aqui na baixada cuiabana possa participar”, concluiu Cattani.