Queijo Morro Azul, da Pomerode Alimentos, conquistou a medalha “Super Ouro” na 34ª edição do World Cheese Awards, uma das principais do segmento no mundo.
Queijo
Queijo produzido em Pomerode ganha prêmio internacional

Um queijo produzido no Estado conquistou duas medalhas durante um concurso internacional no País de Gales. A iguaria catarinense superou produtos de países tradicionais – como o queijo da França, da Espanha e até da Suíça.

A produção de queijos nunca foi o forte das cidades catarinenses, mas esse cenário tem mudado após as iguarias produzidas por uma empresa de laticínios de Pomerode ter conquistado premiações do mundo todo.

O primeiro a ser reconhecido foi um queijo semi duro, de casca lavada, com seis meses de maturação, e que leva o nome de Vale do Testo – uma homenagem à região onde a queijaria está localizada. A iguaria recebeu a medalha de ouro no World Cheese Awards 2021 e agora, em 2022, passa a vez para o queijo Morro Azul.

A premiação é considerada uma das maiores de queijos do mundo e a edição deste ano ocorreu no dia 3 de novembro, premiando com a medalha Super Ouro mais um queijo catarinense.

“- Uma das coisas que nos deixou muito felizes nessa premiação foi o fato de termos ganhado essas medalhas com queijos autorais, queijos criados aqui, que não existem similares na Europa. Queijos brasileiros mesmo. Então a gente está muito interessado em dar sequência nisso e continuar criando produtos daqui, da nossa terra” – conta o empresário Juliano Mendes.

Toda a produção é feita de forma artesanal e com produtos regionais. Até o queijo ficar produto, são diversas etapas, como o tratamento e a pasteurização do leite, que é enforme em recipientes cilíndricos para que depois ocorra a salga. Depois disso, chega o momento do produto descansar por 10 dias, até que o mofo branco tome conta.

Por ser um queijo extremamente cremoso, ele é considerado da família dos semi macios. Desse modo, foi necessário adicionar uma cinta de carvalho nas laterais, para que a iguaria pudesse se manter na forma. O consumo do queijo é indicado após deixá-lo duas horas em temperatura ambiente. Aí é só retirar a parte de cima com cuidado e aproveitar o melhor do produto catarinense.

Além do queijo Morro Azul, feito com leite de vaca e mofo branco, outros dois queijos produzidos pela Pomerode Alimentos receberam medalhas – o Vale do Testo e o Brebis de Pomerode – feito com leite de ovelha – levaram as medalhas de prata.

Com as novas medalhas, a empresa do Vale do Itajaí, que só tem cinco anos de existência, já conquistou três premiações internacionais, mostrando o potencial dos queijos produzidos em Santa Catarina.

“- É questão de ter vontade de fazer um produto especial. A gente não tem limitações técnicas, a gente não tem limitação de matéria-prima, a gente consegue ter um leite de qualidade, trazer as bactérias que fermentam o leite, as mesmas que eles usam na Europa, enfim, é só questão de criar uma receita que tenha um sabor especial e que esteja no mesmo nível, em pé de igualdade com esses queijos europeus” – completa Juliano Mendes.

Para 2023, o empresário conta que o desejo é mandar outros produtos e, quem sabe, conquistar títulos pelo terceiro ano consecutivo.

Santa Catarina e o restante do Brasil como destaques

Neste ano, o World Cheese Awards contou com 4.434 inscritos de 42 países e 900 empresas do mundo todo. Os queijos foram avaliados pelo aspecto – como a aparência da casca e a pasta, aroma, corpo e textura, além do sabor e sensação na boca.

Além do queijo catarinense, outros Estados brasileiros também participaram da premiação com 15 queijos. O Le Gruyère AOP, feito de leite não pasteurizado, recebeu a medalha de ouro e foi campeão pela quarta vez. Já o Lua Cheia, fabricado em Minas Gerais, fez companhia ao de Pomerode, também conquistando a medalha Super Ouro.

Para saber mais sobre o queijo catarinense premiado, aproveite e confira a matéria realizada pela equipe do SC no Ar.

Bryce Cunningham, um produtor de leite escocês, proprietário de uma fazenda orgânica em Ayrshire (Escócia), lançou um produto lácteo para agregar valor ao leite de sua fazenda, que é um produto de ótima qualidade, sem aditivos, e é um exemplo de economia circular.

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