Para o deputado federal Alceu Moreira (MDB-RS), este é um dia histórico para a agricultura familiar e o setor primário brasileiro. O parlamentar gaúcho e o deputado federal Zé Silva (SD-MG) foram os autores da proposta de lei que regulamentou a comercialização da iguaria no Brasil e no exterior, com o “Selo Queijo Arte”.
Os cinco primeiros selos arte concedidos no RS pela Famurs foram para os seguintes estabelecimentos rurais: Laticínios Pipo, de Nova Roma do Sul; Queijaria Valbrenta, de Bento Gonçalves; Laticínio Luchesi, de Vila Flores; Laticínios Vivan, de Fagundes Varela; e Queijaria Somacal, de Farroupilha.
Além do Rio Grande do Sul, o estado de Minas Gerais celebrou a regulamentação do produto nesta quinta-feira.
“Na França, existem mais de 1,2 mil tipos de queijo. No Brasil, não mais do que 40. Isso porque muitas produções artesanais sequer podiam ser registradas. Com a lei, vamos tornar o talento dos nossos rincões competitivos mundo afora, proporcionando renda e dignidade a milhares de famílias”, assinalou Alceu Moreira.
A lei também descentraliza o processo de concessão do selo, que pode ser concedido pelos órgãos de agricultura e pecuária federal, estaduais, municipais e distritais.
“Nesse país, que tem a responsabilidade de ser celeiro alimentar do mundo, não se pode mais permitir que o produtor rural tenha o seu produto criminalizado pela burocracia ou quaisquer outros interesses”, enfatizou Alceu Moreira.
O Selo Queijo Arte foi criado para identificar queijos elaborados por métodos tradicionais, com vinculação e valorização territorial, regional ou cultural, conforme protocolo de elaboração específico estabelecido para cada tipo e variedade, e com emprego das boas práticas agropecuária e fabricação.
“O queijo artesanal é o único produto brasileiro que tem uma lei concedendo certificado”, sublinha Zé Silva.