O custo da alimentação ficou mais barato ainda no mês de janeiro. A Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) registrou a 10ª queda consecutiva nos preços globais de alimentos.
Preços
Óleos vegetais, laticínios e açúcar impulsionaram a queda, enquanto os cereais e carnes permaneceram praticamente estáveis.
De acordo com o Índice de Preços de Alimentos da FAO, a queda foi de 0,8% em relação ao mês anterior e 17,9% abaixo do pico alcançado em março de 2022.

Óleo, leite e açúcar mais baratos

Óleos vegetais, laticínios e açúcar impulsionaram a queda, enquanto os cereais e carnes permaneceram praticamente estáveis.

Os preços internacionais do trigo caíram 2,5%, devido a produção acima do esperado na Austrália e na Rússia.

Enquanto o custo do óleo de palma e de soja foi reduzido em meio à demanda global de importação moderada, o óleo de girassol e de colza diminuiu devido às amplas disponibilidades de exportação.

Exportações brasileiras e seca na Argentina

Já o valor global do milho registrou alta por causa da forte demanda por exportações do Brasil e preocupações com as condições de seca na Argentina.

O arroz ficou mais caro 6,2% em relação a dezembro, influenciado por menor disponibilidade, forte demanda local em alguns países asiáticos exportadores e alterações nas taxas de câmbio.

Quem compra manteiga e leite em pó notou uma queda de preço após a demanda mais fraca dos principais importadores e ao aumento da oferta da Nova Zelândia.

Enquanto o queijo teve um ligeiro aumento no preço, puxado por uma recuperação nos serviços de alimentação e vendas no varejo na Europa Ocidental, após o feriado de Ano Novo, assim como pelos movimentos cambiais.

E a queda ocorreu também com o açúcar que está 1,1% mais barato em relação a dezembro.

O forte progresso da colheita na Tailândia e as condições climáticas favoráveis no Brasil superaram o impacto sobre os preços devido a preocupações com o menor rendimento das safras na Índia, preços mais altos da gasolina no Brasil, que aumentam a demanda por etanol, e a valorização do real brasileiro em relação ao dólar dos Estados Unidos.

Oferta de cereais ainda é preocupação

A FAO também divulgou seu novo Resumo de Oferta e Demanda de Cereais, nesta sexta-feira (3). Em 2023, as primeiras indicações apontam para prováveis expansões de área na safra de inverno do trigo no Hemisfério Norte, especialmente nos Estados Unidos, impulsionadas principalmente pelos preços elevados.

No entanto, os altos custos de fertilizantes podem afetar as taxas de aplicação com implicações adversas nos rendimentos.

Os preços internos baixos podem resultar em um pequeno corte nas plantações de trigo na Rússia, o maior exportador mundial, enquanto os impactos severos induzidos pela guerra na Ucrânia são estimados para reduzir as plantações de trigo de inverno em 40%.

Plantações recordes de milho no Brasil

Nos países do Hemisfério Sul, a maior parte das safras de grãos grossos de 2023 foi semeada.

O Brasil pode registrar plantações recordes de milho, enquanto as da Argentina correm risco de diminuir devido aos baixos níveis de umidade do solo.

As condições meteorológicas são um bom presságio para as perspectivas de rendimento do milho na África do Sul.

Plantios recordes também estão previstos na Índia, estimulados pelos altos preços de mercado. Plantações relativamente altas são projetadas no Paquistão, já que a água parada das enchentes de 2022 está causando menos obstáculos do que o inicialmente previsto.

Companhia do interior de São Paulo deve faturar mais de R$ 1 bilhão e descarta boatos de venda; mirando um eventual IPO, o plano é crescer com M&As, com dois negócios já no gatilho.

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